São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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Atitudes dos moradores contam na avaliação da visita ao imóvel

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Logo ao dar o primeiro passo para dentro da sala, o candidato a comprador de um apartamento recebe as boas-vindas de um cão pouco amistoso.
Em seguida, rumo à cozinha, sente o cheiro inconfundível de bife e batatas fritas -que logo se materializa em uma fumaça preta que sai do cômodo.
O final dessa história não é muito difícil de adivinhar: ou o interessado sai correndo e desiste da compra, por melhor que seja o estado do imóvel, ou, mal-humorado, baixa o preço que se dispunha a pagar.
Impressionar o visitante interessado vai além das instalações da casa, resume José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho de corretores de São Paulo).
"Se a família ainda estiver ocupando o bem, é importante que o local esteja sempre arrumado, sem som ligado ou cheiro de fritura", aconselha.
Ele também sugere que animais de estimação permaneçam presos durante a visita.
Os proprietários, por sua vez, devem falar quando forem questionados.
"Um comportamento muito expansivo pode demonstrar ansiedade para vender o imóvel, o que deixa o interessado numa posição confortável, a de negociar melhor o preço", analisa Viana Neto.
A própria localização do imóvel -num bairro que costuma se valorizar- ajuda na hora de capitalizar a revenda.
"Se você deseja ganhar dinheiro reformando para depois vender, precisa saber que o maior ganho se dá no preço "de oportunidade" da compra e também na valorização do bairro em que fica o imóvel", avisa Daniel Dequech, diretor comercial da imobiliária Lopes.
Ao reformar, é preciso cuidado com exageros que não se convertem em benefício na hora da venda. "Não adianta colocar mármore no banheiro inteiro, o comprador não vai levar isso em conta", alerta a arquiteta Patricia Martinez. (MD)

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