|
Texto Anterior | Índice
Atitudes dos moradores contam na avaliação da visita ao imóvel
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Logo ao dar o primeiro passo
para dentro da sala, o candidato
a comprador de um apartamento recebe as boas-vindas
de um cão pouco amistoso.
Em seguida, rumo à cozinha,
sente o cheiro inconfundível de
bife e batatas fritas -que logo
se materializa em uma fumaça
preta que sai do cômodo.
O final dessa história não é
muito difícil de adivinhar: ou o
interessado sai correndo e desiste da compra, por melhor
que seja o estado do imóvel, ou,
mal-humorado, baixa o preço
que se dispunha a pagar.
Impressionar o visitante interessado vai além das instalações da casa, resume José Augusto Viana Neto, presidente
do Creci-SP (conselho de corretores de São Paulo).
"Se a família ainda estiver
ocupando o bem, é importante
que o local esteja sempre arrumado, sem som ligado ou cheiro de fritura", aconselha.
Ele também sugere que animais de estimação permaneçam presos durante a visita.
Os proprietários, por sua vez,
devem falar quando forem
questionados.
"Um comportamento muito
expansivo pode demonstrar
ansiedade para vender o imóvel, o que deixa o interessado
numa posição confortável, a de
negociar melhor o preço", analisa Viana Neto.
A própria localização do imóvel -num bairro que costuma
se valorizar- ajuda na hora de
capitalizar a revenda.
"Se você deseja ganhar dinheiro reformando para depois
vender, precisa saber que o
maior ganho se dá no preço "de
oportunidade" da compra e
também na valorização do bairro em que fica o imóvel", avisa
Daniel Dequech, diretor comercial da imobiliária Lopes.
Ao reformar, é preciso cuidado com exageros que não se
convertem em benefício na hora da venda. "Não adianta colocar mármore no banheiro inteiro, o comprador não vai levar
isso em conta", alerta a arquiteta Patricia Martinez.
(MD)
Texto Anterior: Valor reformado: Preço sobe com trato em rede elétrica e armários Índice
|