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Nó na incorporação
Patricia Stavis/Folha Imagem
![](../images/32810200701.jpg) |
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Parte do tráfego na av. Giovanni Gronchi se deslocará para a av. Itapaiúna, onde preços de terrenos podem subir
Nova via deve melhorar trânsito no Morumbi, mas confunde zoneamento e preços de m2
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma nova avenida, paralela à
Giovanni Gronchi, nos distritos
de Morumbi (zona oeste) e Vila
Andrade (zona sul), tem um
efeito previsto, o de desafogar o
trânsito da região, e outros ainda nebulosos, ligados ao mercado imobiliário naquele trecho.
A melhora do tráfego criará
outro nó na questão: as possíveis valorizações- ou desvalorizações- de metro quadrado
nas áreas próximas ao trajeto
da nova avenida.
O que provoca incerteza, para os consultores, é a indefinição de qual tipo de zoneamento
vai prevalecer naquele trecho.
Segundo Eduardo Della
Manna, diretor de legislação
urbana do Secovi-SP (sindicato
do setor imobiliário), "é provável que a implantação da via
acompanhe alguma alteração
do zoneamento, pois imóveis às
margens de grandes avenidas
podem perder seu uso residencial, mas têm de ganhar valor
comercial", aponta.
"Tudo vai depender de como
a área será classificada", pondera Luiz Pompéia, diretor da
Embraesp (Empresa Brasileira
de Estudos de Patrimônio).
"Se a incorporação será possível, o que pode valorizar muito os terrenos, ou se o fluxo de
carros [pela nova via] aumentará muito, trazendo poluição sonora, o que tira valor de casas às
margens do tráfego", argumenta o especialista.
Especulação imobiliária
Bruno Almeida Júnior, diretor da Sociedade de Moradores
do Morumbi, diz acreditar no
surgimento de especulação
imobiliária, com valorização do
metro quadrado construído.
"O Morumbi já mudou muito
e é natural que, com o crescimento do bairro, a infra-estrutura abra portas para novos investimentos", complementa
Wilson Gomes, consultor da
ABMM (Associação Brasileira
de Moradores e Mutuários).
Para ele, contudo, o bairro já
não é mais "classe A, como antigamente": "Nota-se a grande
popularização da área, com
uma classe média que procura
sair do centro e se dirige para
lá", analisa. "Isso desvaloriza o
bairro como um todo."
Um dos trechos da nova avenida, que circunda Paraisópolis, faz parte de um projeto de
urbanização da favela.
Naquele perímetro deverão
surgir, no futuro, conjuntos habitacionais "que servirão de
pulmão ao desenvolvimento de
Paraisópolis", afirma o secretário-adjunto da Siurb (Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Obras), Marcos Penido.
Apesar de a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)
ainda não ter concluído as avaliações de impactos viários para
a região, o secretário-adjunto
prevê o início das obras para o
primeiro trimestre de 2008.
"Ainda estamos em licitação,
e tudo deverá ser concluído até
dezembro do ano que vem."
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