São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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NÓ NA INCORPORAÇÃO

Construção de avenida não deverá desapropriar casas

Sem necessidade de negociar com donos de residências, custo da obra cai

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O traçado da nova avenida, que vai servir de atalho à marginal Pinheiros, não cortará trechos estritamente residenciais e, portanto, não devem ocorrer desapropriações de casas para a execução das obras.
"Ela será continuação da saída da avenida João Dias, até a rua Deputado João Sussumu Hirata, pegando a avenida Itapaiúna em seu trecho já existente", relata Marcos Penido, secretário-adjunto da Siurb (Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Obras).
Da rua Deputado Laércio Corte, irá até a rua Doutor Flávio Américo Maurano.
"A Itapaiúna/Perimetral Paraisópolis [nome provisório] vai cortar apenas alguns terrenos de fácil desapropriação, o que não acarretará dificuldades aos moradores do Morumbi", afirma o secretário-adjunto.
A Sociedade de Moradores do Morumbi, preocupada com as áreas residenciais e a preservação do verde e do baixo adensamento, esteve em contato com a secretaria e pediu um relatório dos impactos viário e ambiental da nova avenida.

Eficiência
"Mesmo que não desaproprie as residências, a grande questão é a eficiência da via, que também conduzirá o trânsito à avenida Morumbi, já saturada pelo da Giovanni Gronchi", critica Bruno Amadei Júnior, diretor da ONG.
A Siurb responde à crítica afirmando que a nova avenida desembocará antes do estádio do Morumbi e que, dessa forma, não será um ponto de nó para o trânsito naquela região.
O fato de tangenciar Paraisópolis deverá baratear a obra, uma vez que não haverá custos para desapropriar residências de alto padrão.
Eduardo Della Manna, diretor do Secovi-SP, reforça que tanto a nova avenida como a conclusão da ponte Água Espraiada -que ligará o Brooklin ao Morumbi- são necessárias para desafogar o trânsito na região do Morumbi e da Vila Andrade, que segue em alta na preferência de incorporadores.
"A prefeitura, como poder público, deve pensar em um conjunto de obras que facilitem a vida da comunidade", defende Della Manna.

Água Espraiada
"No Morumbi, fazem parte desse conjunto a ponte Água Espraiada, que também contribuirá para a melhor locomoção dos moradores, ou mesmo essa nova via de acesso, que também serve a uma região carente como Paraisópolis, em processo de regularização", raciocina.
As obras da ponte Água Espraiada, que integram a operação urbana de mesmo nome, devem ser concluídas em março de 2008, segundo a Siurb. Ligarão a avenida Jornalista Roberto Marinho, no Brooklin (zona oeste), à marginal Pinheiros, do outro lado do rio.
A ligação será constituída de dois viadutos, com um comprimento de 900 m cada um. (GG)

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