MARIJÔ ZILVETI
DA REPORTAGEM LOCAL

Está certo: beijo na boca ele não dá. Mas pode passar um vídeo dos lábios em movimento. Ou poderá, assim que estiver em operação comercial a terceira geração de telefonia celular. Que já começa a despontar na Europa e deverá oferecer transmissão de vídeo e fotos coloridas e acesso sem fio à internet em alta velocidade. Além de falar normalmente, é claro.
Os celulares viram computadores portáteis, com agenda e até versões "de bolso" dos programas que você tem em seu PC, como o editor de texto.
Essas maravilhas da tecnologia só deverão estar mais disseminadas ao longo dos próximos anos, devido aos custos da montagem das redes e dos próprios aparelhos. Para o Brasil, o horizonte 3G é ainda mais distante. Apenas recentemente as operadoras de telefonia celular que atuam no país começaram a engatinhar nos sistemas 2G e 2,5G, oferecendo serviços ainda muito limitados em comparação aos desfrutados por cidadãos europeus e asiáticos.
Duas empresas estão entrando no mercado nacional com a tecnologia GSM e prometendo rapidez equivalente à internet de banda larga (144 Kbps). Na verdade, a média pode chegar a 44 Kbps (equivalente ao acesso à internet por modem convencional).
Em São Paulo, por exemplo, o consumidor usa e-mail, checa notícias e vê a programação noturna. Tudo pelo sistema WAP (que dá acesso à internet). É útil, mas peca pela lerdeza (equivalente a de PCs de mais cinco anos atrás).
Para contornar a lentidão, a Telesp Celular lançou em dezembro celulares com o sistema 2,5G (um meio caminho para a próxima geração, a 3G), com velocidade de transmissão de 144 Kbps e média de 44 Kbps.


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