São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2010

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Abertura de dados de organizações é destaque em evento da Unesco

Divulgação/Datadyne.org
O programa gratuito EpiSurveyor sendo usado em levantamento sobre saúde infantil no Quênia

AMANDA DEMETRIO
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

A publicação de dados por parte das empresas e dos governos e o uso das redes sociais para o engajamento em torno de causas foram temas de destaque na sexta edição do Web4- Dev, a conferência da Unesco que discute como a rede pode ser usada no desenvolvimento.
Melanie Ann Pustay, do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, deu exemplos e defendeu a publicação de dados por parte do governo.
"Nos EUA, estamos com um foco em usar a internet para divulgar os registros das agências, queremos disponibilizar as informações antes de recebermos a solicitação dos cidadãos", contou.
O representante do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) no evento, Vagner Diniz, também defendeu a transparência, mas assumiu que o assunto é difícil: "Também é preciso que a sociedade seja capaz de entender, ler e interpretar os dados disponíveis."
"Se os dados não podem ser encontrados na rede, eles não estão abertos. Se não estiverem disponíveis em formatos abertos, que possam ser reutilizados, também não", afirmou. Diniz adiantou que a rede nacional está sendo mapeada em um censo da internet brasileira (os sites com domínios.com.br), que deve ser divulgado ainda no primeiro semestre. "Vamos fazer uma fotografia da internet. Queremos verificar se os dados estão abertos, onde as páginas estão hospedadas e se as páginas seguem padrões de acessibilidade", exemplificou.
Já Joel Selanikio, epidemiologista do Datadyne (www.datadyne.org) falou sobre a democratização na coleta de informações. Ele desenvolveu o EpiSurveyor (www.episurveyor.org), que é gratuito e monta formulários no próprio navegador. Depois disso, é possível passar as informações diretamente para o celular.
Redes sociais foram o assunto no segundo dia de evento e a brasileira Marlei Pozzebon, professora da HEC Montréal, falou sobre o uso das redes para "mobilizar e expandir as capacidades das pessoas". Um exemplo foi o Movimento Nossa São Paulo (www.nossasaopaulo.org.br).
O Google também estava presente, representado por Ivo Corrêa, do seu Conselho de Políticas. "Estamos em um nível muito inicial sobre o uso das mídias sociais no desenvolvimento", afirmou. Para ele, as organizações estão se adaptando à instituição da web. Corrêa disse que tudo na internet anda se tornando social.
Nesse contexto, disse ver uma boa possibilidade de difusão de conhecimento para públicos específicos, tornando a rede um canal de multiplicação.
Para as organizações, Corrêa indicou sites como o google.com/nonprofits, o youtube.com/nonprofits e o google.com/grants. Veja mais em www.folha.com.br/circuitointegrado.


A jornalista AMANDA DEMETRIO viajou a convite da Unesco


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