São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2010

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Engenheiro torna público rompimento

DA REPORTAGEM LOCAL

"Estamos juntos há vários anos, mas devo dizer que ultimamente vinha pensando cada vez mais em romper com você. Sua recente traição pública me fez decidir que não quero mais estar envolvido com você."
As palavras, que parecem saídas de uma carta de amor, são de Alexandre Oliva, engenheiro de software e conselheiro da Fundação Software Livre na América Latina, anunciando seu rompimento com o Google depois do imbróglio de invasão de privacidade com o lançamento do Buzz (leia na íntegra em bit.ly/carogoogle)
Oliva contou à Folha que tinha o Google em ótima conta no quesito privacidade. "Tenho amigos que trabalham na SaferNet, que combate a pedofilia, e eles se descabelam porque o Google vai à justiça e defende até o fim a privacidade dos seus usuários, mesmo a dos suspeitos de pedofilia virtual".
Mas, depois do Buzz, o engenheiro perdeu uma confiança que, para ele, dificilmente será reestabelecida.
Apesar de ter abandonado serviços como o Gmail e o Orkut, Oliva continua usando o Google como buscador, mas de forma anônima, que não considera nociva.
O engenheiro achou que sentiria falta dos serviços do Google, mas se surpreendeu ao descobrir que consegue viver muito bem sem eles. "Eu não tinha nenhuma dependência desses serviços, então foi muito fácil sair".
Além disso, Oliva já mantinha cópias locais de tudo que armazenava nos serviços da empresa, imaginando que um dia pudesse querer pedir as contas. "Uma coisa que eu preciso reconhecer é que o Google deixa você ir embora facilmente, levando todas as coisas que tinha lá", conclui. (RC)


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