|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Engenheiro torna público rompimento
DA REPORTAGEM LOCAL
"Estamos juntos há vários
anos, mas devo dizer que ultimamente vinha pensando
cada vez mais em romper
com você. Sua recente traição pública me fez decidir
que não quero mais estar envolvido com você."
As palavras, que parecem
saídas de uma carta de amor,
são de Alexandre Oliva, engenheiro de software e conselheiro da Fundação Software Livre na América Latina, anunciando seu rompimento com o Google depois
do imbróglio de invasão de
privacidade com o lançamento do Buzz (leia na íntegra em bit.ly/carogoogle)
Oliva contou à Folha que
tinha o Google em ótima
conta no quesito privacidade. "Tenho amigos que trabalham na SaferNet, que
combate a pedofilia, e eles se
descabelam porque o Google
vai à justiça e defende até o
fim a privacidade dos seus
usuários, mesmo a dos suspeitos de pedofilia virtual".
Mas, depois do Buzz, o engenheiro perdeu uma confiança que, para ele, dificilmente será reestabelecida.
Apesar de ter abandonado
serviços como o Gmail e o
Orkut, Oliva continua usando o Google como buscador,
mas de forma anônima, que
não considera nociva.
O engenheiro achou que
sentiria falta dos serviços do
Google, mas se surpreendeu
ao descobrir que consegue
viver muito bem sem eles.
"Eu não tinha nenhuma dependência desses serviços,
então foi muito fácil sair".
Além disso, Oliva já mantinha cópias locais de tudo que
armazenava nos serviços da
empresa, imaginando que
um dia pudesse querer pedir
as contas. "Uma coisa que eu
preciso reconhecer é que o
Google deixa você ir embora
facilmente, levando todas as
coisas que tinha lá", conclui.
(RC)
Texto Anterior: Reportagem de capa: Especialista recomenda transparência Próximo Texto: Conheça alternativas aos serviços da empresa Índice
|