São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002

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DIVERSÃO

Grand Prix 4 envolve jogador com gráficos sofisticados, mas exige um PC potente; carros e pilotos precisam ser atualizados

Simulador de Fórmula 1 tem visual realista

Reprodução
Cena de GP virtual disputado no circuito de Mônaco e controlado pelo jogo, que recria campeonato de F-1 disputado em 2001


DA REPORTAGEM LOCAL

Recém-lançado no Brasil e na Europa, o jogo Grand Prix 4 (preço médio de R$ 79; tel. 0/xx/11/3888-7614; site www.infogrames.com.br) reproduz o campeonato de Fórmula 1 com bastante realismo.
Os gráficos tridimensionais, principal elemento dos simuladores de corrida, são impressionantes: ao percorrer os 17 circuitos da temporada de Fórmula 1, o jogador reconhece muitos detalhes de cada um deles.
Ao cruzar a reta oposta de Interlagos, por exemplo, é possível enxergar os prédios do projeto Cingapura construídos em volta do autódromo. As arquibancadas e placas publicitárias de cada circuito também são reproduzidas com precisão, o que ajuda a envolver o jogador.
Grand Prix 4 traz as equipes da temporada de 2001: no campeonato virtual, a equipe Prost ainda existe. Para contornar o problema, o usuário pode instalar os pacotes de atualização disponíveis gratuitamente nos sites http://gp4.alphaf1.com e www.f1gamer.co.uk/gp4. Há grande atenção aos detalhes: existem programas até para trocar os pneus dos carros, substituindo-os pelos novos modelos fornecidos pela Bridgestone e pela Michelin.
Há várias opções de câmera: são mais de 15 pontos de vista à disposição do jogador. Com a câmera ajustada na posição TV, as corridas virtuais lembram transmissões televisivas, tal é a qualidade dos gráficos 3D. O som também conta com efeitos tridimensionais, que mudam conforme as posições dos carros e o ponto de vista escolhido.
Uma das principais melhorias visuais de Grand Prix 4 em relação a seu antecessor está nos pit-stops: o trabalho de boxes é mostrado em detalhes.
O funcionamento dos carros agrada a jogadores iniciantes ou tarimbados: enquanto os novatos podem ativar recursos como o controle de tração, que ajuda a domar o carro, pilotos mais experientes podem fazer ajustes detalhados. Além de mexer nos aerofólios, nos freios e na transmissão do carro, é possível configurar as barras de torção, as molas, os amortecedores e o diferencial.
Também é possível conectar volante e pedais ao micro. O jogo é compatível com o recurso Force Feedback, que transmite as vibrações do carro às mãos do usuário.
O realismo de Grand Prix 4 requer um computador potente. Segundo o fabricante, o mínimo necessário é um processador Pentium II de 400 MHz, placa 3D de 16 Mbytes e 500 Mbytes de espaço em disco, mas o jogo não funciona num PC assim.
Durante testes realizados em um Pentium III de 450 MHz com placa GeForce2 MX (32 Mbytes), os gráficos apareceram em câmera lenta -apenas dez quadros por segundo-, o que inviabilizou a utilização do game.
Para jogar com conforto, recomenda-se um Pentium III de 750 MHz e placa aceleradora de 32 Mbytes, mas nem assim o usuário conseguirá aproveitar todo o realismo do jogo. Mesmo um Pentium 4 de 1,4 GHz com placa GeForce2 Ultra (64 Mbytes) perdeu o fôlego em cenas com todos os efeitos especiais do game.
A inteligência artificial embutida no jogo é boa: embora a movimentação dos carros controlados pelo computador não tenha a sofisticação de uma corrida de verdade, o comportamento dos adversários chega a surpreender.
Durante um GP virtual na pista de Mônaco, em que o micro controlava os carros da Ferrari, Rubens Barrichello cedeu a liderança a Michael Schumacher faltando duas voltas para o final.(BG)


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