São Paulo, quarta-feira, 04 de janeiro de 2006

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SEGURANÇA

Vírus se faz passar por comunicador

DA REPORTAGEM LOCAL

Mal o ano começou e já é preciso ficar -ou melhor, se manter- atento para novas ameaças. Empresas de segurança lançaram alerta advertindo contra um ataque de grandes proporções que pode ocorrer nesta semana.
Nos últimos dias de 2005, uma praga que se fazia passar pela versão de teste do novo programa comunicador da Microsoft causou problemas para vários internautas, cujas listas de contato serviram para disseminar o vírus. Conhecido com Virkel.F, a praga envia mensagens instantâneas pelo próprio comunicador e abre as portas do micro para que ele seja controlado remotamente.
O arquivo que ativa o vírus, BETA8WEBINSTALL.EXE, remete ao nome errado do soft, que não se chama MSN Messenger 8 Beta, como alguns previam, mas Windows Live Messenger.

A volta de velhas ameaças
Em 2005, antigas ameaças voltaram a assombrar os micros. O Bagle, que abriu o ano com ataques logo em janeiro, o MyTob e duas variantes do Sober, que atacaram servidores de e-mail enviando spam, foram as causas das principais dores de cabeça do ano.
O Sober conseguiu convencer o internauta a abrir mensagens infectadas com promessas de ingressos para a Copa do Mundo, anúncio de vídeo estrelado por Paris Hilton e até com alerta supostamente enviado pelo FBI. Já o Zotob fez uso de falhas do Windows para se propagar, causando danos nos sites das redes televisivas CNN e ABC e do jornal "New York Times".

Canais de ataque
Outros meios de propagação utilizados pelas ameaças on-line foram os programas comunicadores instantâneos, os softs de reprodução de arquivos multimídia e as falhas em antivírus e em sistemas operacionais. Entre os navegadores, o ano foi marcado pela polêmica sobre qual seria o mais vulnerável: Internet Explorer, da Microsoft, ou Firefox, da Mozilla Foundation. Uma pesquisa da Symantec, divulgada em setembro, revelou que o primeiro é o mais explorado pelos hackers, embora o segundo tenha se mostrado mais vulnerável.

Comando remoto
Os PCs zumbis -máquinas controladas à distância e que podem formar redes- também foram um dos grandes problemas do ano e chamaram atenção até mesmo da Comissão Federal de Comércio norte-americana.
Ainda no âmbito do controle remoto, a Sony foi a estrela do episódio mais polêmico do ano, no qual usou a espionagem como forma de proteção de direitos autorais. Um mecanismo presente em CDs fabricados pela empresa continha um software espião oculto, cujo objetivo era monitorar a troca ilegal de canções. (MB)


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