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Internet apresenta a história dos imigrantes vindos para o Brasil
RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL
Saudade, dizem, só existe em
português. E o Brasil, desde sua
descoberta, teve vocação para
atrair saudosos de todo o mundo.
Para diminuir a nostalgia, o estrangeiro que mora por aqui tem
na internet um porto seguro para
encontrar patrícios.
Os japoneses são os mais compenetrados na hora de fazer sites
para unir a comunidade. Em
www.hainet.com.br, são divulgados concursos de karaokê e bailes,
além de fórum e mural.
O www.bunkyo.org.br/seinen direciona as antigas tradições
orientais para os jovens nikkeis.
Os italianos e os portugueses
empatam em segundo lugar nessa
lista. Os imigrantes da terra da
pizza encontram em www.ecco.com.br receitas, história e
informações sobre a cidadania e a
colônia italiana no Brasil.
Já a maior comunidade estrangeira no Brasil, os portugueses,
colocou na rede o www.comunidadeluso-brasileira.com.br. O site pretende congregar todas as associações portuguesas do Estado de São Paulo e
promover eventos. No www.moveportugal.com.br, o internauta acha informações sobre o
governo, universidades, gastronomia e uma página dedicada aos
"miúdos", que é como eles chamam as crianças.
Imigrantes sem escolha
Sem especificar origens de países (não há sites dedicados aos
oriundos de uma ou outra nação),
a comunidade negra se une em
uma força só na internet. Em sites
como www.portalafro.com.br, há notícias, entrevistas,
culinária e cuidados com a beleza.
Os afrodescendentes que visitarem o site www.mundonegro.com.br encontrarão fórum, chat e
até um cupido virtual.
Novos desembarques
Segundo os dados do censo
2000 do IBGE, divulgado em dezembro, o perfil dos imigrantes
que chegam ao Brasil variou muito nos últimos dez anos.
Agora são os vizinhos latino-americanos que mais chegam
aqui. Mas eles ainda não têm sites
de suas comunidades.
No portal Cidade dos Mil Povos
(milpovos.prefeitura.sp.gov.br),
há um trabalho de pesquisa com
informações sobre todas as etnias
que vieram para cá. Há dados sobre comunidades menores que
vivem no Brasil, como canadenses, gregos e russos.
E, para quem tem antepassados
que chegaram entre o início do século 20 e a década de 50 ou que
tem curiosidade em ver imagens
de como era São Paulo nessa época, há o www.memorialdoimigrante.sp.gov.br, que conta
sobre os bondes e sobre o que os
imigrantes pensam sobre o Brasil
e sobre os brasileiros, são depoimentos de gente de várias origens.
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