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São Paulo, quarta-feira, 05 de março de 2003

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Internet apresenta a história dos imigrantes vindos para o Brasil

RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL

Saudade, dizem, só existe em português. E o Brasil, desde sua descoberta, teve vocação para atrair saudosos de todo o mundo.
Para diminuir a nostalgia, o estrangeiro que mora por aqui tem na internet um porto seguro para encontrar patrícios.
Os japoneses são os mais compenetrados na hora de fazer sites para unir a comunidade. Em www.hainet.com.br, são divulgados concursos de karaokê e bailes, além de fórum e mural.
O www.bunkyo.org.br/seinen direciona as antigas tradições orientais para os jovens nikkeis.
Os italianos e os portugueses empatam em segundo lugar nessa lista. Os imigrantes da terra da pizza encontram em www.ecco.com.br receitas, história e informações sobre a cidadania e a colônia italiana no Brasil.
Já a maior comunidade estrangeira no Brasil, os portugueses, colocou na rede o www.comunidadeluso-brasileira.com.br. O site pretende congregar todas as associações portuguesas do Estado de São Paulo e promover eventos. No www.moveportugal.com.br, o internauta acha informações sobre o governo, universidades, gastronomia e uma página dedicada aos "miúdos", que é como eles chamam as crianças.

Imigrantes sem escolha
Sem especificar origens de países (não há sites dedicados aos oriundos de uma ou outra nação), a comunidade negra se une em uma força só na internet. Em sites como www.portalafro.com.br, há notícias, entrevistas, culinária e cuidados com a beleza. Os afrodescendentes que visitarem o site www.mundonegro.com.br encontrarão fórum, chat e até um cupido virtual.

Novos desembarques
Segundo os dados do censo 2000 do IBGE, divulgado em dezembro, o perfil dos imigrantes que chegam ao Brasil variou muito nos últimos dez anos.
Agora são os vizinhos latino-americanos que mais chegam aqui. Mas eles ainda não têm sites de suas comunidades.
No portal Cidade dos Mil Povos (milpovos.prefeitura.sp.gov.br), há um trabalho de pesquisa com informações sobre todas as etnias que vieram para cá. Há dados sobre comunidades menores que vivem no Brasil, como canadenses, gregos e russos.
E, para quem tem antepassados que chegaram entre o início do século 20 e a década de 50 ou que tem curiosidade em ver imagens de como era São Paulo nessa época, há o www.memorialdoimigrante.sp.gov.br, que conta sobre os bondes e sobre o que os imigrantes pensam sobre o Brasil e sobre os brasileiros, são depoimentos de gente de várias origens.


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