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SHOW DE CALOUROS
Estudante de veterinária instala soft de videokê, que vira epidemia entre amigos
Computador ajuda família a cantar
free-lance para a Folha
Quem nunca cantarolou no
banheiro suas músicas preferidas? Quantos já não quiseram
ser cantor? Se respondeu sim a
uma das questões, provavelmente você vai se divertir com o
programa "RealOrche".
O programa age da mesma
forma que um aparelho convencional de videokê: apresenta na
tela do computador a letra da
música no mesmo ritmo que toca a melodia, alternando imagens no fundo de uma tela.
Uma das muitas pessoas fisgadas pelo "RealOrche" é o paranaense Marcus Vinicius Briganó, 20, morador de Rolândia (a
cerca de 30 minutos de Londrina). Foi um amigo de Briganó
que lhe apresentou o programa
no ano passado.
Fã de Rolling Stones e frequentador de casas de videokê em
Londrina, onde estuda medicina
veterinária, Briganó diz que o videokê virou uma nova diversão
para amigos e família. "Um dia,
chamei aqui meu primo e a esposa dele, que trabalha com informática, para ela ver o micro.
Foi a maior bagunça."
A mania contagiou também a
irmã de Briganó. "Hoje, minha
irmã usa mais do que eu. As
amigas dela vêm muito aqui para cantar", diz. "Muitas vezes,
chego a reclamar do barulho,
mas acabo me juntando a elas."
Epidemia sonora
Briganó também transmitiu a
mania para uma colega da faculdade: Cristina Satie Hideshima,
21, que mostrou o programa para as irmãs e os amigos de São
Paulo, onde mora sua família.
Ela também frequenta videokês
em Londrina.
"Eu estava estudando na casa
do Marcus com outros amigos
da faculdade, quando todo
mundo parou um pouco pra
descansar. Foi então que ele
mostrou o videokê que tinha no
computador. Nem voltamos a
estudar", conta Cristina.
Em janeiro, quando passou as
férias em São Paulo, Cristina instalou o programa. Ela diz que a
família e os amigos paulistanos
também foram contagiados pela
febre musical. "Quase todos os
dias uso o "RealOrche" lá em casa. Meu pai já brincou um pouquinho; só minha mãe que não."
E o que canta a família de Cristina? "Eu gosto de Legião Urbana, Djavan, música sertaneja...
Meu pai, de Roberto Carlos."
Cristina também acha bonitas
músicas japonesas. Ela diz que
pretende aprender a língua só
para poder cantá-las.
(AC)
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