UOL


São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ajuste de energia pode confundir usuário

DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo a Intel, cabe aos fabricantes de laptops fornecer programas que permitam ao usuário controlar o consumo de energia das máquinas com tecnologia Centrino. Infelizmente, essa falta de padronização cria confusão e pode impedir que o laptop atinja a melhor relação entre desempenho e autonomia das baterias.
Na máquina da IBM, por exemplo, o usuário se depara com um ajuste de velocidade da CPU pouco explicativo: por que motivo há quatro níveis (máximo, médio, lento e muito lento) de ajuste manual se o processador supostamente controla sua velocidade automaticamente?
Esse ajuste limita o ápice de velocidade da CPU, o que contradiz a principal novidade do processador Pentium M e faz pouco sentido: qual a serventia de ter autonomia dobrada, por exemplo, se a máquina leva o dobro do tempo para realizar as mesmas tarefas?
No laptop da Dell, a confusão é maior. Embora não traga um ajuste manual só para a CPU, a máquina também impõe limites indevidos ao ápice de velocidade do processador quanto está ligada a baterias. Para contorná-los, o usuário precisa escolher manualmente a opção Desempenho Máximo no programa de gerenciamento elétrico.
Além de não ser nada automático, o procedimento é tortuoso, pois a opção Desempenho Máximo dá muita energia ao disco rígido e ao monitor, que não são necessariamente vitais para todas as tarefas que exigem alta performance (a compressão de vídeo é um exemplo). Ou seja: nessa opção, se o usuário não fizer mais um ajuste manual -editar o perfil de energia-, poderá desperdiçar a carga das baterias.
As duas máquinas testadas se mostraram incapazes de aproveitar plenamente a versatilidade do chip Pentium M, pois exigem que o usuário faça configurações manuais para conseguir máxima performance do processador.
Se esses ajustes não forem feitos, o desempenho cai em aproximadamente 50% quando o laptop é alimentado pela bateria.
Para medir a autonomia dos laptops, as máquinas foram testadas com ajustes que refletem situações distintas .
Embora a autonomia no teste de performance máxima tenha sido baixíssima, os laptops apresentaram desempenho surpreendente na exibição de apresentações do PowerPoint e na reprodução de DVDs em tela cheia.
A autonomia em tarefas mistas diferencia o laptop da Dell do modelo da IBM. Enquanto o primeiro não impressionou -um teste realizado em 2002 com quatro máquinas não-Centrino apontou autonomia média, nessas condições, de 2h16min, próxima da obtida pelo novo D600-, o IBM T40 se destacou por sua bateria especial.
Durante os testes realizados, a placa Wi-Fi embutida nos laptops Centrino apresentou consumo de energia similar ao de um modem comum, ou seja, a autonomia das máquinas não diminuiu significativamente quando elas estiveram conectadas a uma rede sem fio.
Os testes foram realizados em condições ideais -laptops a menos de 10 m de uma antena Wi-Fi e com nível de sinal máximo. Em situações de transmissão mais difícil, o consumo de energia pode ser maior. (BG)


Texto Anterior: Nova tecnologia não é perfeita, mas é desejável
Próximo Texto: História: Invenção do telefone celular completa trigésimo aniversário
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.