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Ajuste de energia pode confundir usuário
DA REPORTAGEM LOCAL
Segundo a Intel, cabe aos fabricantes de laptops fornecer programas que permitam ao usuário
controlar o consumo de energia
das máquinas com tecnologia
Centrino. Infelizmente, essa falta
de padronização cria confusão e
pode impedir que o laptop atinja a
melhor relação entre desempenho e autonomia das baterias.
Na máquina da IBM, por exemplo, o usuário se depara com um
ajuste de velocidade da CPU pouco explicativo: por que motivo há
quatro níveis (máximo, médio,
lento e muito lento) de ajuste manual se o processador supostamente controla sua velocidade
automaticamente?
Esse ajuste limita o ápice de velocidade da CPU, o que contradiz
a principal novidade do processador Pentium M e faz pouco sentido: qual a serventia de ter autonomia dobrada, por exemplo, se a
máquina leva o dobro do tempo
para realizar as mesmas tarefas?
No laptop da Dell, a confusão é
maior. Embora não traga um
ajuste manual só para a CPU, a
máquina também impõe limites
indevidos ao ápice de velocidade
do processador quanto está ligada
a baterias. Para contorná-los, o
usuário precisa escolher manualmente a opção Desempenho Máximo no programa de gerenciamento elétrico.
Além de não ser nada automático, o procedimento é tortuoso,
pois a opção Desempenho Máximo dá muita energia ao disco rígido e ao monitor, que não são necessariamente vitais para todas as
tarefas que exigem alta performance (a compressão de vídeo é
um exemplo). Ou seja: nessa opção, se o usuário não fizer mais
um ajuste manual -editar o perfil de energia-, poderá desperdiçar a carga das baterias.
As duas máquinas testadas se
mostraram incapazes de aproveitar plenamente a versatilidade do
chip Pentium M, pois exigem que
o usuário faça configurações manuais para conseguir máxima
performance do processador.
Se esses ajustes não forem feitos,
o desempenho cai em aproximadamente 50% quando o laptop é
alimentado pela bateria.
Para medir a autonomia dos
laptops, as máquinas foram testadas com ajustes que refletem situações distintas .
Embora a autonomia no teste
de performance máxima tenha sido baixíssima, os laptops apresentaram desempenho surpreendente na exibição de apresentações do PowerPoint e na reprodução de DVDs em tela cheia.
A autonomia em tarefas mistas diferencia o laptop
da Dell do modelo da IBM. Enquanto o primeiro não impressionou -um teste realizado em
2002 com quatro máquinas não-Centrino apontou autonomia
média, nessas condições, de
2h16min, próxima da obtida pelo
novo D600-, o IBM T40 se destacou por sua bateria especial.
Durante os testes realizados, a
placa Wi-Fi embutida nos laptops
Centrino apresentou consumo de
energia similar ao de um modem
comum, ou seja, a autonomia das
máquinas não diminuiu significativamente quando elas estiveram
conectadas a uma rede sem fio.
Os testes foram realizados em
condições ideais -laptops a menos de 10 m de uma antena Wi-Fi
e com nível de sinal máximo. Em
situações de transmissão mais difícil, o consumo de energia pode
ser maior.
(BG)
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