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São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003
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COMPORTAMENTO Veja a história dasSuper Sexies, que fazem ensaios on-line Fotógrafas mostram sua criação e se expõem
ALEXANDRE MATIAS FREE-LANCE PARA A FOLHA Numa madrugada em junho de 2001, em um bate-papo pelo comunicador pessoal ICQ, as amigas e fotógrafas Sabrina Fonseca e Cibele Selbach conversavam sobre o fato de suas colegas de profissão não conseguirem parecer bem nas fotos que tiravam uma das outras. "Vamos criar um movimento das fotógrafas supersexies", cogitou Fonseca. "Vamos fazer auto-retratos para mostrar ao mundo como somos sexies mesmo sendo fotógrafas!" Começava ali o Movimento das Fotógrafas Super Sexies (www.supersexies.org), portfólio on-line das fantasias fotogênicas de Sabrina Fonseca, Cibele Selbach, Letícia Tatsch e Thiago Martini -ele ganhou o apelido de "quarta fotógrafa". Em ensaios que misturam erotismo, bom humor, exotismo e a mania de experimentar roupas diferentes, elas se fotografam vestidas como colegiais ou de lingerie, imitando antigas imagens de sexo e glamour. "O MFSS, como quase tudo no site, começou de uma piada", diz Sabrina. "Em 2001, eu já fotografava fazia algum tempo e estava no quinto semestre de artes plásticas, com ênfase em fotografia. A Cibele estava começando a fotografar e cursava letras. Chamei a Angelita Kasper, que é fotojornalista. Já existia até o slogan: "fama, glamour, ego e luxúria"." Os auto-retratos, que foram o conteúdo da primeira etapa do site, não funcionaram. O próximo passo foi criar ensaios, sempre com títulos curiosos. "Em agosto de 2001, compramos um vestido de noiva em um brechó e partimos para uma olaria abandonada em Canoas, na Grande Porto Alegre, para fazer o primeiro ensaio das Super Sexies, As Virgens Melancólicas do Fim do Mundo, em que nós três fotografamos, produzimos e posamos." Só em janeiro de 2002, quando elas já estavam produzindo o quarto ensaio fotográfico, o site entrou no ar e passou a ser atualizado mensalmente. Hoje, tem em média 126 mil acessos por mês e recebe cerca de 3.000 visitantes por edição. E dá vazão à discussão filosófica sobre ver e ser visto. "Ficou muito fácil promover os seus 15 minutos de fama e estendê-los por tempo indeterminado", diz Thiago Martini. "Há pessoas que se filmam em sua própria casa, há quem desabafe sua vida num blog, e todos têm algum retorno. É uma necessidade de mostrar ao mundo que existem, talvez um exercício de auto-afirmação. Acho que evita suicídios." Texto Anterior: Diversão on-line: Saddam e Bush lutam em games Próximo Texto: JenniCam foi página pioneira Índice |
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