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"Quem não usa micro será analfabeto"
da Reportagem Local
"Quem não souber mexer no
computador vai ser analfabeto no
futuro." Quando a dona-de-casa
Olecina Opipari, 67, ouviu essa frase, ficou preocupada.
Decidiu que vai fazer um curso
de computação em 99. Hoje, ela está no segundo ano da Faculdade
Aberta para a Terceira Idade Costa
Braga, em São Paulo. Estuda história da arte, entre outras disciplinas.
Therezinha de Jesus Armelin, 63,
também faz o curso para a terceira
idade e está se inscrevendo no curso de computação da faculdade,
que é opcional. Ganhou de presente do marido um computador Pentium MMX de 233 MHz e está animada com a possibilidade de poder pôr em prática o que aprende
na escola.
Estuda espanhol e quer fazer
exercícios no micro com o auxílio
de CDs. "É uma forma de aperfeiçoar meu espanhol", diz. Também
está fascinada com o fato de poder
se comunicar com outras pessoas
pela Internet. Dos seus cinco netos, quatro mexem com computador.
Wilson Armelin, 64, seu marido,
decidiu entrar na era da informática em 93, quando comprou seu
primeiro micro portátil. Desde
aquele ano, não parou mais de se
atualizar, comprando sempre o
equipamento mais moderno.
Armelin evitou informatizar-se
antes por achar que teria de dedicar mais tempo à informática. Dito
e feito. Hoje, ao chegar ao escritório, habitualmente abre sua caixa
de correio eletrônico. Recebe uma
média de 20 mensagens por dia.
Procura responder a todas.
Não sai de casa sem carregar sua
valise munida de um palmtop,
uma câmera fotográfica digital e
um dicionário eletrônico.
Sempre que vai a uma reunião
importante, tira fotografias do
evento. "Se alguém pede uma cópia da foto, pergunto se a pessoa
tem e-mail", diz. Se não tiver, Armelin não hesita em dizer que é
melhor conseguir um, "caso contrário não envio cópia alguma".
A professora de espanhol Maria
Blanca Yvette Murillo, 61, entrou
para a era da Internet sem medo.
Depois de reencontrar um amigo
de escola na Europa, descobriu o e-mail para manter contato.
Comprou um Pentium MMX e
troca e-mail com o amigo da Espanha e com o irmão de 67 anos, que
mora no Peru.
(MARIJÔ ZILVETI)
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