São Paulo, quarta, 9 de dezembro de 1998

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O PROCESSO

Gates fala sobre críticas a "Java"

das agências internacionais

O processo do Departamento de Justiça norte-americano e mais 20 Estados contra a Microsoft já dura mais de sete semanas. A empresa é acusada de práticas comerciais ilegais e monopólio.
Na semana passada, Bill Gates, presidente do conselho da Microsoft, fazia caridade em Nova York -doou US$ 100 milhões de sua fortuna de US$ 65 bilhões para programa de vacinação infantil- enquanto 30 minutos do vídeo de seu depoimento no processo eram assistidos em Washington.
Coçando a cabeça, Gates dava respostas evasivas ao advogado de acusação, David Boies.
O tema era a linguagem de programação "Java", da Sun, desenvolvida para funcionar em todos os PCs, independente do sistema operacional usado. A Microsoft é acusada de prejudicar a "Java", criando versão que dava mais vantagens ao "Windows".
Boies leu trecho de nota enviada a Gates em maio de 97 por Ben Slivka, engenheiro de software da Microsoft. "A JDK 1.2 (Java Development Kit) tem JFC (Java Foundation Classes), nas quais vamos meter o pau em toda oportunidade", escreveu Slivka. Gates disse não imaginar o que Slivka quis dizer com "meter o pau".

Outro lado
Citando documentos da Sun, o advogado de defesa Tom Burt tentou mostrar que a Sun queria substituir o "Windows" com a "Java". Interrogou o criador da "Java", James Gosling, sobre esforços da Sun em se unir à Netscape e a outras empresas, contra a Microsoft.
Para Stephen Houck, que lidera a investigação antitruste, a Microsoft merece ganhar um Oscar se convencer que é vítima. "Ela não controla o próprio poder", disse.



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