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segurança
Cibercriminosos usam o IR para atacar
ARMADILHAS >> Mensagens não solicitadas usam a declaração do Imposto de Renda para espalhar programas maliciosos
AMANDA DEMETRIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em tempo de declaração de
Imposto de Renda, os cibercriminosos estão disparando iscas
para atrair incautos. "Os piratas podem acabar induzindo a
pessoa a baixar um programa,
dizendo que ele é o da Receita
Federal", diz Mariano Sumrell,
da Winco.
Com essa armadilha, eles
buscam ter acesso a informações que constam na própria
declaração do imposto, como
dados bancários, dados pessoais restritos e outras informações financeiras, diz a especialista em direito digital Vivian Pratti, do Patricia Peck Pinheiro Advogados. Ela explica
que tais informações podem
servir para a aplicação de golpes, para a venda de tais informações ou até mesmo para crimes "não digitais", como sequestros.
Cair em algumas dessas tentações é prejuízo garantido.
Pratti diz que, caso haja algum
incidente, não é bom mexer no
computador, para que não se
percam possíveis provas a serem colhidas para identificar o
autor dos golpes. Além disso, é
necessário registrar um boletim de ocorrência, para evitar
ter que arcar com responsabilidades mais tarde.
Mas o seu dinheiro só volta
ao seu bolso se você conseguir
provar que tomou os cuidados
necessários na hora da declaração e, mesmo assim, foi infectado e sofreu um dano, explica a
especialista. "Se o contribuinte
comprovar que não teve culpa,
ele pode tomar as medidas cabíveis para reaver os prejuízos
decorrentes das falhas no momento da declaração, mas isso
dependerá de provas."
Como não vai ser fácil, previna-se. "Não é bom confiar em
todos os links que você recebe",
ressalva Sumrell.
Outro cuidado a ser tomado é
de qual site baixar o programa
da Receita Federal. Além do site oficial (www.receita.fazenda.gov.br), é possível fazer o download em sites como
o superdownloads.com.br.
Em bit.ly/ir2010especial, veja especial da Folha Online
com links para o software.
Pratti também recomenda
evitar o uso de computadores
públicos para fazer a declaração, já que não é possível determinar com certeza o nível de
segurança da máquina. Caso isso não seja possível, apague os
registros do uso. Ela também
indica que o contribuinte arquive o comprovante eletrônico de envio da declaração por
cinco anos.
Além disso, tome as medidas
de praxe, como manter antivírus e programas atualizados.
A Kaspersky detectou um tipo de e-mail dos que circulam
pela rede simulando ser enviado pela Receita Federal (twitpic.com/168739/full).
Na mensagem, o usuário é
convidado a fazer uma verificação de dados baixando e executando um programa que supostamente faria uma verificação
de CPF. Ao fazer o procedimento, o sistema será infectado, diz Fábio Assolini, analista
de vírus da empresa.
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