CEBIT 2010 >> Até nome de equipamento revela preocupação com ação ecologicamente correta, afirma uma companhia

DO ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER

A Cebit dedicou um pavilhão especial às tecnologias verdes. Mas, acanhado, com apenas 2.000 m2 (um dos menores da feira), acabou sendo deixado de lado por grandes empresas.
Mesmo não marcando presença no espaço, diversas companhias buscaram de alguma forma se associar ao rótulo de ecologicamente corretas.
Foi o caso da Asus, que atualizou sua linha de micros portáteis revestidos parcialmente com bambu -material que leva de três a cinco anos para crescer e amadurecer.
A parte composta de bambu do aparelho ganhou tonalidade mais escura -ironicamente, quase se passa por madeira.
A empresa taiwanesa também exibiu o netbook Eee PC 1005PE, cujo diferencial é a tela retro-iluminada por LED sem mercúrio. O aparelho gasta pouca energia, podendo ficar até 14 horas sem recarregar a bateria. Segundo a Asus, ele é 80% montado em cima de materiais recicláveis.

Pose
Como de costume, a Cebit também aninhou grifes tecnológicas tentando forçar a amizade com a mãe natureza.
A coreana Samsung é uma delas. Ao lançar sua nova linha de discos rígidos externos (que consomem menos energia do que a média e são feitos em alguma medida de materiais reciclados), a companhia foi além. Destacou que até os nomes dos produtos eram "ecoamigáveis".
O disco G2 (que armazena a partir de 640 Gbytes) estará disponível nas cores azul-coral e verde-oliva -aos olhos da empresa, isso é extremamente "simbólico", ecologicamente falando.

Consumo doméstico
Na onda dos aplicativos para celular, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Informação Aplicada do município de Sankt, na Alemanha, mostraram na Cebit uma ferramenta que exibe no telefone móvel o consumo de energia dos aparelhos dentro de casa.
Segundo os cientistas, a ideia é levar para o consumidor final uma base menos abstrata de quanto gastamos com cada aparelho. Além, é claro, de ajudar as pessoas a pouparem dinheiro controlando o consumo de energia doméstico.
Uma vez instalado, o aplicativo utiliza a câmera do celular para destrinchar quanto cada objeto eletrônico está gastando. Para isso, basta apontar a lente para a peça e ele reconhecerá a potência exata do produto, que surgirá em tempo real na telinha. (DIÓGENES MUNIZ)


Texto Anterior: Em netbook "grandão" da Asus, o processador desaponta
Próximo Texto: Usuário aciona aparelho sem sequer tocar nele
Índice