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NATAL NA REDE
Sites devem oferecer mais de uma alternativa de pagamento; Procon recomenda usar boleto bancário
Veja cuidados para comprar pela internet
FABÍOLA DE FREITAS SILVA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A rede oferece ao internauta a
chance de fazer compras natalinas, fugindo do trânsito e dos
shoppings, sem sair da poltrona,
com alguns cliques no mouse.
Os passos são simples: entrar no
site, escolher o produto, passar o
número do cartão de crédito ou
pagar com boleto bancário
-também on-line. Dependendo
do item, a entrega é feita no dia.
Apesar da agilidade da internet,
é recomendável tomar algumas
precauções. Segundo Ricardo
Morishita, diretor de programas
especiais do Procon São Paulo, "é
preciso ter cautela, como em uma
loja convencional, pois a compra
pode ser virtual, mas os problemas são reais". Ele sugere questionar o site, via telefone ou e-mail,
antes de efetuar a compra, e imprimir os contratos, pois são a documentação do consumidor.
Outra forma de se proteger contra possíveis sites fraudulentos é
exigir, na entrega, a nota fiscal
juntamente com o produto.
O site do órgão, www.procon.sp.gov.br, recomenda evitar o uso
de cartão de crédito e optar pelo
boleto bancário ou vincular o pagamento à entrega do produto ou
serviço. De acordo com a legislação vigente, o site de compras tem
a obrigação de apresentar outras
formas de pagamento.
Essas são recomendações práticas que também podem ser aplicadas a lojas convencionais.
No caso de sites de compras, há
outras formas de checar a segurança. Uma delas é verificar, na
hora de enviar dados pelos formulários, se o endereço da página
começa por https (Hypertext
Transfer Protocol Secure), ou seja, se o formulário está em modo
seguro. É também importante
conferir se há um ícone de cadeado fechado no seu navegador.
No caso do Internet Explorer,
ele aparece no canto inferior direito. Clicando duas vezes nele, é
possível obter informações sobre
a certificação do site, inclusive até
quando ela é válida.
Na opinião de Mylani Mitsui
Tokuda, administrador de sistemas da PUC-SP, a conexão entre
o site e o navegador deve ser encriptada. "Dessa maneira, caso
haja algum tipo de interceptação
dos dados enviados, a leitura dos
mesmos será praticamente impossível", diz.
Esse tipo de precaução dificulta
a ação de hackers, que costumam
atacar sites de transações via rede
com o intuito de obter dados confidenciais dos clientes, como número de cartão de crédito e CPF.
Segundo Tokuda, o momento
mais crítico é o pós-compra,
quando as informações já foram
enviadas. "A empresa que recebeu os dados deve guardá-los de
forma segura ou até mesmo deletá-los após a concretização da
compra para que os mesmos não
sejam roubados", afirma. O consumidor pode exigir do site de
compras que as informações enviadas sejam armazenadas de forma segura ou apagadas após o
processo e que as mesmas sejam
utilizadas somente para esse tipo
de transação.
Na maioria desses sites, há uma
página com informações sobre a
segurança do envio dos dados e a
política adotada pela empresa em
relação aos dados do cliente. É
imperativo ler esses dados para
evitar surpresas desagradáveis.
O consumidor deve estar ciente
de que ele também está respaldado pelo Código de Defesa do Consumidor no caso de compras realizadas pela internet. A legislação
é a mesma. Ou seja, as compras
realizadas fora do estabelecimento comercial podem ser canceladas em até sete dias, sem qualquer
ônus para o comprador.
Quem quiser checar antes de
comprar pode usar sites de comparação de preços. A página
www.buscape.com.br tem guia
para o consumidor pagar preços
mais baixos e evitar problemas.
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