São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2001

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POLÍTICA

Entidades nacionais querem deixar a Icann, que coordena sistema atual

Registro de páginas gera polêmica

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de enfrentar críticas ao definir quais serão as novas terminações para sites da internet (.biz e .museum, entre outras) e ser questionada pelo congresso norte-americano, a Icann -entidade que coordena a distribuição dos endereços de páginas da rede- pode sofrer mais um revés.
Durante a última reunião da entidade, que aconteceu semana passada em Estocolmo, na Suécia, os órgãos encarregados de registrar sites nacionais (.br, por exemplo) decidiram romper com a Icann e criar uma organização independente para cuidar de seus domínios (endereços de páginas).
A Icann ainda não disse se acatará a decisão, mas, para os internautas, a ruptura mais importante é outra: descontentes com a ação da Icann, que não aprovou a criação de endereços terminados em .sex e .xxx, por exemplo, empresas como a New.net (www. new.net) promovem a criação de uma rede paralela, que pode complicar a navegação na internet.
Para entender o caso, considere o seguinte: quando você digita o endereço de um site, o seu PC busca informações em um sistema conhecido como DNS, que relaciona o nome de uma página (www.joaodasilva.com, por exemplo) a seu endereço IP (sequência de números que identifica cada máquina ligada à rede).
Atualmente, a Icann coordena o DNS, o que evita confusões: como a lista com os endereços é uma só, é impossível que duas páginas tenham domínios iguais.
Mas, como os sistemas alternativos são independentes entre si, duas empresas poderiam vincular um mesmo endereço a páginas diferentes, criando dificuldades para o internauta: seria preciso reconfigurar o PC antes de acessar cada uma delas. A Icann considera a situação "potencialmente destrutiva", mas, tecnicamente, nada pode fazer contra ela. (BG)


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