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Em meados da década de 90, alguns executivos da Sony viviam isolados em um admirável novo mundo. Batizado de Norrath, era composto por bits e bytes, e seus habitantes eram virtuais. Logo Norrath seria o palco do EverQuest, o maior fenômeno da indústria de jogos on-line, que surgiu em março de 1999. O EverQuest é o primeiro grande sucesso dos MMORPGs, sigla em inglês para RPGs simultaneamente jogados por milhares de internautas. O jogo foi desenvolvido em seis anos, com investimentos de mais de US$ 15 milhões.
No primeiro dia, o EverQuest vendeu 120 mil cópias. Hoje ele conta com quase 500 mil jogadores. "O sucesso dos jogos on-line está no fato de que nele você pode assumir a identidade de quem você quiser", explica Lucien King, desenvolvedor de jogos e curador da exposição Game On, em cartaz no Barbican Centre, em Londres.
A qualquer hora, pelo menos 100 mil jogadores estão conectados no EverQuest. Cada um paga cerca de US$ 45 pelo jogo e mais US$ 15 de mensalidade. O resultado é um faturamento mensal de US$ 3,6 milhões.
Algumas pessoas passaram a viver às custas do jogo. A moeda virtual de Norrath começou a ser vendida em sites de leilões da internet. A idéia foi condenada por executivos da Sony. Na época, eles afirmaram que a comercialização de bens virtuais no mundo real atrapalha o andamento do jogo -além de ser uma propriedade intelectual da empresa.
Um economista da Universidade da Califórnia descobriu que, em média, os jogadores do EverQuest geram receita de US$ 2.266 por ano. Se Norrath fosse um mundo real, estaria em 77º lugar no ranking dos países mais ricos do mundo -à frente da Rússia, por exemplo.
O EverQuest está sendo lançado no Brasil, encartado na primeira edição da revista "Senha Games", cuja circulação acontece no final do mês. O pagamento de R$ 14,90 (preço da revista) dará direito à conexão ao servidor EverQuest (www.everquest.com) durante pelo menos um mês após a instalação do CD. Depois o jogador deverá pagar à Sony uma mensalidade de US$ 12 via cartão de crédito internacional.


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