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TESTE USP
MÚSICA DIGITAL
PSS110, da Philips, também sintoniza rádio, mas sua memória, de apenas 256 Mbytes, compromete um bom custo/benefício
Tocador de MP3 vem com caixas de som
ODEMIR MARTINEZ BRUNO
ANDRÉ RICARDO BACKES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Com um visual simples e elegante, o Philips PSS110 poderia
ser mais um tocador portátil de
música digital. Mas, diferentemente da maioria dos modelos
portáteis, que têm fones que permitem que apenas uma pessoa
ouça as músicas, ele tem duas caixas de som frontais, que possibilitam o acesso coletivo às canções.
Embora os alto-falantes sejam
compactos, o som é de boa qualidade e alcança volume suficientemente elevado para sua proposta.
Na parte frontal, o PSS110 dispõe de um pequeno visor de cristal líquido e de botões funcionais.
Na sua parte superior, ficam os
botões de volume e de reforço dinâmico de graves, que garante
uma melhora na qualidade do
som. O aparelho ainda conta com
várias entradas sob uma tampa na
parte traseira, como conexão AC
de alimentação, USB 2.0 e line in
para fontes externas de áudio,
além de uma conexão compartilhada para antena (inclusa) e fones de ouvidos (não inclusos).
Como a entrada da antena é compartilhada com a dos fones, não é
possível usá-los para ouvir rádio.
Ideal para uso doméstico ou em
viagens, o PSS110 memoriza até
dez estações de rádio FM, possui
relógio e despertador e reproduz
os formatos MP3 e WMA.
Uma desvantagem é a sua memória de apenas 256 Mbytes, limitada para os padrões atuais do
mercado. Além disso, não há possibilidade de expandi-la. Segundo
a fabricante, essa capacidade permite armazenar mais de oito horas de áudio em WMA com qualidade de 64 Kbps, considerada baixa. Ao aumentar a qualidade para
192 Kbps, foi possível armazenar
apenas duas horas e meia de música. Há uma outra versão do aparelho com 512 Mbytes, ainda não
disponível no Brasil.
Software
A transferência de músicas para
o aparelho é feita via USB e demanda o uso de um programa
apropriado, o Musicmatch Jukebox 9.0, disponível no CD de instalação do produto. Há ainda um
software que permite atualizar o
firmware do aparelho pela entrada USB. Nos testes, não foi possível transferir músicas para o portátil simplesmente arrastando-as
para o ícone do dispositivo no
Windows, sendo necessário a instalação do software Musicmatch
Jukebox 9.0. Essa instalação, porém, é simples e intuitiva, e o programa se mostrou fácil de ser utilizado. Nos testes, foi estimada
uma média de 13 minutos para
transferir 240 Mbytes de música.
Documentação e interface
O aparelho vem acompanhado
de dois manuais, um impresso e
outro eletrônico (disponível no
CD de instalação). No entanto
ambos contêm apenas informações básicas. Seu visor, por outro
lado, exibe um menu com as diversas funções disponíveis, sendo
ainda possível escolher o idioma
em que elas serão exibidas. As informações, apresentadas em itens
auto-explicativos, acabam dispensando o uso do manual.
Por meio desse menu, é possível
acessar o rádio, selecionar músicas, ajustar o relógio, o despertador, o timer e as configurações do
próprio visor. A navegação e o
acesso ao menu são feitos pelos
botões situados à esquerda e à direita do visor. Há ainda um equalizador programado para diversos
estilos musicais e a possibilidade
de agrupar as canções por gênero,
por artista ou por álbum.
A alimentação do aparelho portátil pode ser feita pelo adaptador
AC ou por uma bateria interna recarregável. Nos testes, a bateria
carregada teve autonomia de 12
horas.
Conclusão
O Phillips PSS110 é um tocador
diferenciado por possuir duas caixas acústicas, que eliminam a necessidade de fones de ouvido. Ele
também funciona como rádio-relógio, podendo ser utilizado como
despertador musical. Seu preço
de R$ 699 é elevado, especialmente se considerado sua limitação de
256 Mbytes.
Odemir Martinez Bruno é doutor em
física pela USP e docente do ICMC-USP,
onde atua como pesquisador nas áreas
de visão artificial e bioinformática. André Ricardo Backes é doutorando em
Ciência da Computação pelo ICMC-USP.
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