São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006

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TESTE USP

MÚSICA DIGITAL


PSS110, da Philips, também sintoniza rádio, mas sua memória, de apenas 256 Mbytes, compromete um bom custo/benefício

Tocador de MP3 vem com caixas de som

ODEMIR MARTINEZ BRUNO
ANDRÉ RICARDO BACKES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Com um visual simples e elegante, o Philips PSS110 poderia ser mais um tocador portátil de música digital. Mas, diferentemente da maioria dos modelos portáteis, que têm fones que permitem que apenas uma pessoa ouça as músicas, ele tem duas caixas de som frontais, que possibilitam o acesso coletivo às canções.
Embora os alto-falantes sejam compactos, o som é de boa qualidade e alcança volume suficientemente elevado para sua proposta.
Na parte frontal, o PSS110 dispõe de um pequeno visor de cristal líquido e de botões funcionais. Na sua parte superior, ficam os botões de volume e de reforço dinâmico de graves, que garante uma melhora na qualidade do som. O aparelho ainda conta com várias entradas sob uma tampa na parte traseira, como conexão AC de alimentação, USB 2.0 e line in para fontes externas de áudio, além de uma conexão compartilhada para antena (inclusa) e fones de ouvidos (não inclusos). Como a entrada da antena é compartilhada com a dos fones, não é possível usá-los para ouvir rádio.
Ideal para uso doméstico ou em viagens, o PSS110 memoriza até dez estações de rádio FM, possui relógio e despertador e reproduz os formatos MP3 e WMA.
Uma desvantagem é a sua memória de apenas 256 Mbytes, limitada para os padrões atuais do mercado. Além disso, não há possibilidade de expandi-la. Segundo a fabricante, essa capacidade permite armazenar mais de oito horas de áudio em WMA com qualidade de 64 Kbps, considerada baixa. Ao aumentar a qualidade para 192 Kbps, foi possível armazenar apenas duas horas e meia de música. Há uma outra versão do aparelho com 512 Mbytes, ainda não disponível no Brasil.

Software
A transferência de músicas para o aparelho é feita via USB e demanda o uso de um programa apropriado, o Musicmatch Jukebox 9.0, disponível no CD de instalação do produto. Há ainda um software que permite atualizar o firmware do aparelho pela entrada USB. Nos testes, não foi possível transferir músicas para o portátil simplesmente arrastando-as para o ícone do dispositivo no Windows, sendo necessário a instalação do software Musicmatch Jukebox 9.0. Essa instalação, porém, é simples e intuitiva, e o programa se mostrou fácil de ser utilizado. Nos testes, foi estimada uma média de 13 minutos para transferir 240 Mbytes de música.

Documentação e interface
O aparelho vem acompanhado de dois manuais, um impresso e outro eletrônico (disponível no CD de instalação). No entanto ambos contêm apenas informações básicas. Seu visor, por outro lado, exibe um menu com as diversas funções disponíveis, sendo ainda possível escolher o idioma em que elas serão exibidas. As informações, apresentadas em itens auto-explicativos, acabam dispensando o uso do manual.
Por meio desse menu, é possível acessar o rádio, selecionar músicas, ajustar o relógio, o despertador, o timer e as configurações do próprio visor. A navegação e o acesso ao menu são feitos pelos botões situados à esquerda e à direita do visor. Há ainda um equalizador programado para diversos estilos musicais e a possibilidade de agrupar as canções por gênero, por artista ou por álbum.
A alimentação do aparelho portátil pode ser feita pelo adaptador AC ou por uma bateria interna recarregável. Nos testes, a bateria carregada teve autonomia de 12 horas.

Conclusão
O Phillips PSS110 é um tocador diferenciado por possuir duas caixas acústicas, que eliminam a necessidade de fones de ouvido. Ele também funciona como rádio-relógio, podendo ser utilizado como despertador musical. Seu preço de R$ 699 é elevado, especialmente se considerado sua limitação de 256 Mbytes.


Odemir Martinez Bruno é doutor em física pela USP e docente do ICMC-USP, onde atua como pesquisador nas áreas de visão artificial e bioinformática. André Ricardo Backes é doutorando em Ciência da Computação pelo ICMC-USP.

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