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SEGURANÇA
Novo vírus espalha-se por e-mail e, quando ativado, altera o registro do "Windows" e trava arquivos .EXE
"Navidad" atrapalha, mas não destrói
MARCELO GRIMBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma das novidades deste Natal
é o "Navidad", que está longe de
ser um presente ou uma felicitação. Trata-se de um vírus que se
tornou motivo de alerta entre
usuários de "Windows" e fabricantes de antivírus, já que se espalha facilmente e bloqueia o funcionamento de programas.
O "Navidad" (Natal, em espanhol), que foi detectado no dia 3
deste mês, é um vírus do tipo
"worm", ou seja, ele se propaga
por e-mail e fica alojado na memória do sistema operacional. No
entanto ele não apaga arquivos,
como faz o "MTX" ("Matrix").
No caso do "Navidad", são criados dois arquivos (winsvrc.exe e
winsvrc.vxd) na pasta do "Windows" e adicionadas duas linhas
ao registro do sistema.
Quando ele está ativo, o usuário
pode pensar que há um problema
com seu computador, já que a
maior parte dos programas fica
inacessível, até mesmo os antivírus. Por envolver manipulação de
arquivos de sistema, a remoção
do "Navidad" deve ser feita com
cautela. Um guia e um programa
para isso podem ser encontrados
em www.symantec.com/avcenter/venc/data/w32.
navidad.fix.html.
Até a última quinta-feira, o "Navidad" não havia sido considerado de alto risco por fabricantes de
antivírus, mas o alto número de
relatos -grande parte vinda do
Brasil- contribuiu para que ele
ganhasse importância na escala
da Symantec, por exemplo.
O risco de um vírus é determinado pela combinação de fatores
como capacidade de disseminação, dano e distribuição.
Segundo a Associated Press,
não são apenas usuários comuns
que têm sofrido nas mãos do "Navidad". Dez empresas do "Top
500" da revista "Fortune" já foram infectadas por esse vírus.
Proteção
A melhor maneira de garantir
que um vírus não ataque seu
computador é ter um antivírus
instalado e atualizado. Algumas
empresas que oferecem esse tipo
de programa são a NAI (www.nai.com.br), a Symantec (www.symantec.com.br) e a Trend Micro (www.antivirus.com.br). Outra opção é usar o programa "InnoculateIT", que é gratuito
(http://antivirus.cai.com).
Segundo Ricardo Valente, engenheiro de sistemas da Symantec,
aparecem de dez a 15 novos vírus
para "Windows" a cada dia. Isso
porque, diz ele, quem cria vírus
está interessado em aparecer, então joga suas criações no maior
"mercado" disponível.
"O "Linux", por exemplo, que
tem bem menos usuários, tem
apenas 18 vírus", afirma.
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