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PÁGINAS DO SABER
Google está na liderança da corrida pela digitalização de livros; Amazon venderá obras em pedaços
Guerra digital tem estantes como arena
DA REPORTAGEM LOCAL
Google, Microsoft e Yahoo! decidiram se enfrentar entre as estantes. Os três portais desenvolvem projetos de digitalização de
livros, com o objetivo de incorporar as obras ao leque de resultados
de suas buscas.
O programa mais avançado até
o momento é o Google Print
(www.print.google.com), pelo
qual o internauta pode pesquisar
por livros ou por assunto e visualizar capa, índice e trechos de publicações relacionadas.
Em cada resultado, são apresentados links de lojas on-line e de bibliotecas locais nas quais o livro
em questão pode ser encontrado
-é possível até buscar por edições usadas.
No último dia 3, cerca de 10 mil
livros inteiramente digitalizados
foram incorporados ao catálogo
do Google, alimentado pelo acervo das bibliotecas das universidades de Michigan, de Harvard e de
Stanford e da biblioteca pública
de Nova York.
Mas, ao contrário do que se poderia supor, não é possível lê-los
pela internet. O serviço permite
apenas fazer buscas por trechos
do livro nos quais determinada
palavra aparece e informar o número de vezes em que esta se faz
presente na obra. Com isso, o
Google tenta apaziguar o ânimo
das editoras que o acusam de pirataria.
Outra iniciativa da empresa
nesse sentido é o Publisher Program (print.google.com/publisher), um canal para que os autores enviem suas obras ao
Google por espontânea vontade.
Grandes planos
Cuidados com proteção autoral
também foram tomados pela Microsoft, que iniciou sua empreitada pela digitalização literária por
obras de domínio público.
A grande fonte alimentadora do
acervo será a British Library, a
principal biblioteca britânica.
Cerca de 25 milhões de suas páginas de papel ganharão versão digital para compor o MSN Book
Search, a ser lançado em 2006. O
investimento da empresa deve
chegar a US$ 200 milhões.
Com planos ainda mais abrangentes, o Yahoo! pretende incluir
em seu acervo não só livros mas
também arquivos de vídeo e de
áudio. Em parceria recentemente
anunciada com a Open Content
Alliance, organização composta
pelo Yahoo!, Adobe, Hewlett-Packard, Internet Archive, O'Reilly
Media e pelas universidades da
Califórnia e de Toronto, o projeto
será abastecido por contribuições
voluntárias dos autores e não pretende abranger obras com proteção autoral, a não ser que haja
uma autorização expressa dos detentores dos direitos.
Livraria
A Amazon (www.amazon.com), uma das primeiras e maiores livrarias on-line do mundo,
anunciou dois serviços relacionados à digitalização de livros, prometidos para 2006.
Pelo Amazon Pages, os internautas terão a opção de adquirir
apenas trechos das publicações,
pagando alguns centavos de dólar
por página comprada -o preço
ainda não foi definido e poderá
variar conforme a obra. Já pelo
Amazon Upgrade, quem comprar um livro físico poderá, mediante pagamento de uma taxa,
ter acesso permanente a uma versão on-line do mesmo.
Há alguns anos, a livraria permite que o internauta dê uma
olhadela nas páginas digitais do livro antes de decidir comprá-lo.
Segundo o criador da Amazon,
Jeff Bezos, o canal, chamado
Search Inside the Book, fez com
que os livros que são folheados
virtualmente apresentassem 8%
de aumento nas vendas.
(MB)
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