|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Roubo de identidade digital cresce nos EUA
DA REUTERS
Mesmo com os bancos e órgãos
reguladores se esforçando para
evitar o roubo de identidades via
internet, a preocupação com os
fraudadores está convencendo
muitos americanos de que acessar
serviços bancários on-line é muito arriscado.
No fórum sobre roubo de identidade realizado em NovaYork,
no início deste mês, especialistas
em segurança disseram que os
bancos estão tomando medidas
para vencer os criminosos da internet, mas que estas medidas podem não ser suficientes.
"Os clientes podem fazer tudo
certo -não fornecer suas senhas
ou informações financeiras- e
mesmo assim virarem vítimas",
disse Susanna Montezemolo,
analista da Consumers Union
(União dos Consumidores).
Uma pesquisa encomendada
em outubro pela empresa de segurança na internet Entrust e divulgada no fórum mostra que
18% dos americanos que já usaram serviços de banco via internet
agora os usam bem menos ou não
os usam mais, devido a preocupações com segurança. O estudo
também mostra que 94% dizem
que aceitariam sistemas de segurança adicionais.
A pesquisa foi realizada na mesma época em que o Federal Financial Institutions Examination
Council (Conselho Federal de
Análise das Instituições Financeiras) mandou os bancos melhorarem a segurança de acesso até o final de 2006.
Mais controles
O conselho, composto por instituições como o Federal Reserve (o
Banco Central dos EUA) e a Federal Deposit Insurance Corp. (Associação Federal de Seguradoras
de Depósitos), espera que os bancos exijam ao menos duas formas
de autenticação quando os riscos
forem muito altos. A segunda autenticação pode funcionar com
cartões inteligentes, sistemas que
gerem senhas aleatórias ou sistemas biométricos, que identifiquem impressões digitais ou caligrafia.
Cerca de 10 milhões de americanos têm suas identidades digitais
roubadas a cada ano, estima a Federal Trade Comission (Comissão Federal de Comércio).
O Congresso pretende criar padrões nacionais de segurança para combater o roubo de identidades. Michael Oxley, do Partido
Republicano de Ohio, presidente
do House Financial Services
Committee (Comitê de Serviços
Financeiros no Congresso), diz
que as vítimas de roubo de identidade perdem cerca de 90 horas e
US$ 1.700 para resolver o problema.
Métodos de roubo
Talvez a forma mais conhecida
de roubo on-line seja o phishing,
método em que os criminosos
mandam um e-mail pedindo às
possíveis vítimas que confirmem
informações pessoais clicando
em links que levam a sites falsos.
Houve 13.776 tentativas de phishing em agosto, segundo o Anti-Phishing Working Group (Grupo
de Trabalho Antiphishing).
Os fraudadores logo evoluíram
e passaram a usar spywares (softwares espiões) e keylogging, formas de monitorar o uso que as vítimas fazem da internet e as palavras e senhas que digitam.
Neste ano, especialistas em segurança detectaram um aumento
do pharming, técnica na qual os
golpistas redirecionam o tráfego
de sites legítimos sem ninguém
perceber que estão fazendo isso.
"Spywares, keyloggers e pharming estão crescendo vertiginosamente", disse Michael Jackson,
diretor-associado de supervisão
de tecnologia do FDIC.
Montezemolo, da União dos
Consumidores, disse que os usuários de computadores devem se
certificar de que as suas conexões
são seguras, variar as informações
de identificação usadas em suas
contas e não usar os serviços em
computadores compartilhados.
Ela também encorajou os bancos a não determinar dados óbvios como nome de usuário.
Tradução de Flávio da Rocha Silveira
Texto Anterior: Antivírus promete suporte 24 horas Próximo Texto: Internet: UOL lança rede social com mais privacidade Índice
|