São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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Reportagem de capa

Mulher lidera a produção de jogo de ação e ganha fãs

ENTREVISTA - Jade Raymond, que já foi apresentadora de um canal televisivo de games e hoje lidera o projeto Assassin"s Creed, fala sobre a sua carreira e o desenvolvimento do jogo

DO ENVIADO ESPECIAL

Em uma indústria historicamente dominada por homens, Jade Raymond, produtora de Assassin"s Creed, é como um oásis no deserto.
Ela conquistou fãs pelos sites e comunidades de games mundo afora, não apenas por seu charme, mas por estar à frente de um dos poucos projetos originais em uma área repleta de continuações.
Na E3, Jade conversou com a Folha, sobre sua carreira e seu atual projeto. Confira as melhores partes da entrevista.

 

FOLHA - Não é muito comum ver produtoras ou programadoras. Como é trabalhar em uma indústria dominada por homens?
JADE RAYMOND -
Eu acho que há mais do que você imagina: em nosso time, há a encarregada da gerência de projeto, animadoras, programadoras, artistas, texturizadoras, especialista em efeitos. Nós temos um time de muitas mulheres. Ainda não é meio a meio, mas mesmo assim há muitas mulheres talentosas se tornando especialistas na indústria de games.

FOLHA - Assassin's Creed é uma das poucas novas franquias em um mercado dominado por seqüências. Como você vê isso?
RAYMOND -
Acho que não se vêem muitas franquias novas porque fazer games nos dias de hoje envolve um investimento muito alto. A companhia não quer assumir riscos e isso é muito ruim para os jogadores.
Eu acho que, como jogador, você quer sentir que está em um novo tipo de game. Esperamos em Assassin"s Creed entregar esse tipo de experiência.

FOLHA - Fale um pouco sobre as influências do jogo.
RAYMOND-
Assassin's Creed tem um monte de influências. Uma delas é o esporte urbano Le Parkour, que está ficando superpopular e foi visto em "Die Hard" e no novo filme de James Bond.
Pensamos se poderíamos fazer isso no game, em que a o jogador possa escalar qualquer coisa e se sinta como um desses caras que correm pelas cidades superando obstáculos.
E também temos a influência dos jogos de esporte: muitos dos controles, quando você é perseguido ou tem de escapar com gente ao redor, levam em conta o aspecto tátil, pulando pela multidão e empurrando as pessoas no caminho.

FOLHA - Você se acha uma espécie de "sex symbol" dos games?
RAYMOND -
[Muitos risos] Não penso em mim dessa forma. Comecei como programadora, então me acho uma pessoa do tipo nerd. Agora, sou produtora e parte do meu trabalho é falar sobre o game, o que amo fazer, pois sou superapaixonada por Assassin"s Creed. Mas não me vejo assim.


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