São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estudo tem altos e baixos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se a genealogia é vício de internet, como comprar, jogar e checar e-mails compulsivamente, não dá para afirmar. Quem leva a sério assume a atividade. Mas só uma pequena parte do trabalho é resolvida na rede.
Para Luiz Carlos Fassoni, 40, a curiosidade, que brotou principalmente depois que perdeu o pai, aos 12 anos, ultrapassou as relações de sangue. Ele agora "costura" genealogia para fora. Um inglês descobriu seu trabalho na rede e financiou uma viagem de São Paulo a Salvador (BA), para reconstruir a história de um parente (www.froes.kit.net).
"A pesquisa às vezes é estéril" diz Claus Rommel Rodarte, de Brasília, que estuda sobrenomes há quase dez anos. Teve algumas boas experiências na internet, como quando descobriu um livro que permitiu avançar dois séculos na genealogia dos Rodarte e quando teve acesso a documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, de Portugal, porque conseguiu se corresponder com pesquisadores de lá. "Mas a maior parte das descobertas está em documentos primários, como registros paroquiais, arquivos pessoais e públicos", reforça.
"Muitas vezes deparamos com referências a livros e documentos desaparecidos, deturpação e vaidade alheia." O professor universitário Virgílio de Almeida (www.nggenealogia.com.br) acha que a vaidade é nociva e que o ideal é retratar a família com autenticidade. Quem interessa é "o operário, o lavrador, o minerador, a pessoa mais próxima da gente." (VZ)


Texto Anterior: Câmera digital fotografa documentos
Próximo Texto: Confira dicas para fazer uma pesquisa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.