|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESTUDO
Pernambucano desenvolve tese que compara a ergonomia de máquinas de escrever à dos teclados de micros
Design de máquina pode melhorar o PC
CADU LEITE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
De acordo com dados do Datafolha, 310 mil trabalhadores paulistanos apresentam lesões por esforços repetitivos (LER). O problema se tornou tão comum que,
desde 2000, o último dia de fevereiro é o Dia Internacional de Conscientização sobre as LER.
Por essa razão, o designer e ergonomista Ernesto Vilar está realizando um mestrado em que compara a ergonomia dos teclados de computadores à das máquinas de escrever. Ele fez observações laboratoriais dos movimentos das mãos de pessoas que submeteram o mesmo texto nos dois equipamentos.
Segundo Vilar, a diferença é que, nos teclados, as pessoas utilizam articulações frágeis dos dedos e anulam articulações dos braços. Nas máquinas, porém,
usam músculos de todo o braço.
O mestrando afirma que uma pessoa pode fazer cerca de 2.000 movimentos por hora sem causar problemas para as articulações. Mas, atualmente, ao digitar, chega
a fazer 12 mil em uma hora.
A força utilizada na digitação também seria um problema. "Usa-se até cinco vezes mais do que o necessário. Porque o usuário precisa escutar o "barulhinho"
da digitação. Na máquina de escrever, isso não ocorria."
Segundo o mestrando, os teclados ergonômicos tentam solucionar o problema das LER modificando a angulação, mas isso não seria suficiente. Ele alerta ainda
que digitar com luvas, que são feitas para o repouso, coloca mais peso para a articulação. E pode complicar o problema.
Texto Anterior: Nacional: Sobre algumas famílias brasileiras Próximo Texto: Estudo desperta polêmica Índice
|