DA REUTERS

Um grupo de 27 empresas de tecnologia anunciou que vai trabalhar em conjunto para criar um novo e mais rápido padrão de conexão Wi-Fi para computadores e aparelhos portáteis.
A aliança, chamada Enhanced Wireless Consortium (Associação Wi-Fi Avançado), une empresas que desenvolviam padrões diferentes de redes sem fio.
No grupo estão algumas das maiores fabricantes de chips, como Broadcom e Intel, assim como a Cisco, que produz equipamentos para redes, e as fabricantes de computadores portáteis Lenovo, Sony e Toshiba.
As empresas querem determinar com antecedência o novo padrão Wi-Fi, e afirmam que vão revelar os primeiros esboços de uma especificação, o que permitirá às empresas desenvolver novos chips Wi-Fi antes da padronização estar completa.
"É possível que a ratificação do padrão seja concluída no final de 2006, se apertarmos o passo. Mas é possível que os produtos cheguem ao consumidor antes, no primeiro semestre de 2006", diz Bill Bunch, da Broadcom.
A previsão original, como parte do processo normal de desenvolvimento de padrões do IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos), era 2007.
A Broadcom tornou-se líder no fornecimento de chips Wi-Fi lançando produtos antes de sua homologação oficial.

Mais rápido e mais longe
O novo padrão Wi-Fi se chama 802.11n e sucede os padrões 802.11a, b e g. A nova versão é de duas a dez vezes mais rápida que as atuais tecnologias Wi-Fi e permite a transmissão sem fio de vídeos em alta qualidade em redes domésticas e comerciais.
O sistema também é projetado para ter um alcance maior. "Dobramos a área de recepção", diz James Chen, da fabricante americana de chips Marvell.
E o padrão promete facilitar a conexão de aparelhos eletrônicos comuns, como videocassetes e televisores. "As empresas de aparelhos eletrônicos já estão nos procurando", diz Bunch.
O 802.11n será compatível com os padrões Wi-Fi atuais, o que significa que os novos aparelhos poderão conectar-se aos antigos e vice-versa.
O padrão n é superior porque usa várias antenas e aproveita melhor o espectro eletromagnético, e também porque necessita de menos informações para garantir que os dados sejam transmitidos e recebidos com exatidão.
Em vez de desperdiçar 50% da banda com informações de controle, o novo padrão usa apenas 30 a 40%, diz Chen.


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