São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2004

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CEBIT 2004

Começam a chegar telefones com câmeras que produzem imagens com mais qualidade; zoom deixa a desejar

Foto de celular fica melhor para impressão

Marijô Zilveti/Folha Imagem
Celular E1000, da Motorola, com câmera de 1,3 Mpixel


DA ENVIADA ESPECIAL A HANOVER

Fotão no telefoninho. Essa parece ser a máxima dos fabricantes de celulares. Não contentes em embutir câmeras fotográficas nos aparelhos telefônicos, a nova atração agora é maior qualidade de imagem para quem usa seu telefone para falar e também fotografar e enviar a imagem.
Na CeBIT 2004, várias empresas mostram até hoje modelos com resolução de 1 e 1,3 Mpixel, que promete possibilitar imprimir cópias no tamanho de 10x15 cm.
Entre os fabricantes que destacaram essa característica estão a LG, a Motorola, a Nokia, a Sony-Ericsson e a Siemens.
As câmeras embutidas nos celulares atuais são capazes de produzir fotos com qualidade que varia entre 320x240 e 640x480 pontos -neste último caso, suficiente para impressões de até 9x7 cm.
Para enviar mensagens com fotografias para outros aparelhos pelo sistema MMS (o torpedo multimídia), o ideal é que elas tenham entre 320x240 e 640x480 pontos. Esses tamanhos são indicados para que a transferência da imagem seja realizada em poucos minutos -também é preciso levar em conta a capacidade da estrutura da rede de transmissão e o tráfego da rede- ao outro celular ou a um endereço de e-mail.
Se uma fotografia com as qualidades mencionadas já supre a necessidade de envio, por que então oferecer aparelhos com 1 Mpixel ou 1,3 Mpixel (1.280x960 pontos)? É que, além de acreditar na próxima chegada de sistemas mais rápidos de transmissão, a indústria aposta em outra demanda: a impressão da fotografia a qualquer hora.
Os celulares com máquina fotográfica já são vedete entre os usuários na Europa e na Ásia. Os modelos novos, no entanto, ainda precisam melhorar mais para convencer o público a trocar seu aparelho por um novo.
Isso porque os telefones de 1 ou 1,3 Mpixel ainda deixam a desejar em dois quesitos: tipo do zoom da lente e resolução. Os modelos mostrados na CeBIT não têm lente de zoom óptico, o que prejudica a obtenção de uma imagem nítida para fotografar uma paisagem, por exemplo. Trazem apenas zoom digital, cujo uso nem sempre registra bons resultados.
Já resolução de 1 ou 1,3 Mpixel, que promete a possibilidade de imprimir fotos em tamanhos maiores, não passou nos testes realizados pela reportagem. Fotos com dois aparelhos de diferentes fabricantes não ficaram nítidas em cópias de 10x15 cm -mas, claro, também não ficaram um mero borrão, como as cópias obtidas em celulares com resolução de 640x480 pontos e zoom digital.
Os novos celulares também têm mais capacidade de armazenamento. A Nokia, por exemplo, criou para o modelo 7610 um cartão do tipo MMC com 64 Mbytes -suficiente, segundo ela, para guardar até dez minutos de vídeo.
A Siemens apresentou o S65, com 1,3 Mpixel e cartão de memória do tipo SD, previsto para chegar ao mercado europeu em julho próximo.
O E1000, da Motorola, que deve estar disponível a partir de dezembro, permite gravar videoclipes em tempo real. A LG promete para julho próximo, a partir de 550, o T5100, com máquina de resolução de 1,3 Mpixel, câmera de vídeo e memória interna de 32 Mbytes. Com o SGH-P730, a Samsung também entrou para o time dos aparelhos com 1 Mpixel.
E a Sony-Ericsson deixou o S700, de 1,3 Mpixel e lente com zoom digital de 8x, com a aparência de uma câmera digital.
(MARIJÔ ZILVETI)


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