COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os games on-line não são territórios sem lei. Há regras de etiqueta e proibições para diversas práticas e condutas.
Existem ações que não são bem vistas, como usar programas ilegais para obter algum tipo de benefício, atacar sem permissão um monstro que outro jogador já esteja combatendo ou abusar dos palavrões no bate-papo público, que é visualizado por todos.
As transgressões disciplinares são punidas nos MMOGs e, como na vida real, o que determina a severidade da pena é a gravidade da infração. Em Ragnarök Online, qualquer manifestação de discriminação social ou xenofobia, por exemplo, pode levar ao bloqueio permanente do usuário. Já xingar ou criar alguma discussão é passível de punição mais leve: três horas de suspensão, na primeira ocorrência.
Em Erinia, oferecer dinheiro ou qualquer outro benefício em troca de itens ou de edição de personagens é uma ofensa grave: o transgressor pode ter sua conta bloqueada por sete dias ou mesmo permanentemente.

Delegado virtual
Os responsáveis por manter as leis e a ordem nos ambientes virtuais dos MMOGs são os chamados game masters (GMs), profissionais que incorporam um personagem dentro do jogo e também ficam à disposição dos usuários para tirar dúvidas e solucionar problemas técnicos.
Durante dois anos, Jovan Costa, 28, administrou os GMs de Erinia, tempo suficiente para vivenciar situações inusitadas e, como uma espécie de delegado virtual, que deve zelar pela ordem do jogo e fazer cumprir as leis, despertar o ódio em alguns dos jogadores.
"Nem sempre temos respostas positivas para as reclamações e solicitações dos usuários. Por causa disso, eles descontam todas as suas dores nos GMs", diz Costa, que já foi até "presenteado" com uma comunidade "Eu odeio..." no Orkut.
Mesmo assim, Costa afirma que a ordem é indispensável em jogos como Erinia: "Existem vários jogadores que buscam amadurecer dentro do jogo e têm aquela comunidade como uma família. Por isso, é essencial manter regras claras de conduta e etiqueta". (TA)


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