São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2005

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VIDA ON-LINE

Sucessos do cinema geram jogos para multidões de internautas; producões originais também apresentam armas

Hollywood tenta conquistar ciberplatéia

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para um fã, não há nada mais interativo que fazer parte e ser um personagem dentro do universo do seu filme predileto. E qual gênero pode fazer isso melhor que os MMOGs? A LucasArts, produtora da série "Guerra nas Estrelas", percebeu o potencial e, em 2003, lançou o game on-line para multidões Star Wars Galaxies, que conquistou 275 mil usuários em dois meses.
Para os amantes da série, era a oportunidade de, finalmente, se tornarem jedis -precisariam, porém, passar incontáveis horas jogando para alcançar tal feito. Hoje, Star Wars Galaxies já recebeu duas expansões -a mais recente delas, Rage of the Wookiees, é baseada em "Episódio III".
Mas a história do encontro de Hollywood com os cibercidadãos não tem só sucessos.
Em março deste ano, The Matrix Online chegou com a promessa de contar histórias diferentes das dos filmes dos irmãos Wachowski, deixando centenas de milhares de jogadores entrar na Matrix. Porém, no mês passado, a falta de usuários obrigou a Sony Online a diminuir Mega City, cidade onde o jogo é ambientado, para que os escassos jogadores pudessem se encontrar com mais facilidade. É a prova de que somente basear-se em uma franquia famosa, esquecendo-se de criar um bom jogo, não é garantia de sucesso.
Essa é uma falha que os fãs de "O Senhor dos Anéis" torcem para que não se repita em The Lord of the Rings Online: Shadows of Angmar, que a Turbine Entertainment pretende lançar no ano que vem. O jogo terá boa parte dos cenários vistos em "A Sociedade do Anel", mas permitirá jogar apenas pelo lado do bem, com quatro raças disponíveis -humanos, elfos, hobbits e anões.
No ano que vem, Star Trek Online, ambientado na época do décimo filme, "Nemesis", levará os jogadores ao universo de "Jornada nas Estrelas", entre humanos, vulcanos, andorianos e outras raças. No início, os jogadores poderão pertencer somente à frota estelar da Federação.

Variar para conquistar
As produtoras de games também não ficam paradas, procurando oferecer universos variados e enredos atraentes. Jogos como World of WarCraft, baseado na popular série de estratégia da Blizzard, e EverQuest 2, continuação para um dos MMORPGs de maior sucesso de todos os tempos, cativam um público fiel.
A produtora Ncsoft, por sua vez, lançou no ano passado City of Heroes, cujo principal atrativo é a possibilidade de o jogador criar o seu próprio super-herói, dando-lhe visual único e poderes especiais. Mês que vem, a Ncsoft disponibilizará City of Villains, expansão na qual, como o próprio nome sugere, os supervilões terão sua vez. Ficará criado, então, o cenário ideal para a cidade do game, Paragon City.
A Microsoft Game Studios aposta em Vanguard: Saga of Heroes, programado para 2006, que será centrado nos combates, cheios de detalhes que visam um público mais interessado em complexidade. Já em Pirates of the Burning Sea, os mares do Caribe serão navegados por até 3.000 pessoas em 2006, entre piratas, mercenários, comerciantes ou militares.
Nenhum dos jogos citados acima está disponível ou tem previsão de lançamento no Brasil. Dentre as justificativas para as ausência está o fato de que, para jogá-los, o interessado deve comprar o game (como um jogo convencional) e depois ainda pagar uma mensalidade. (THÉO AZEVEDO)


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