São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2008

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No Brasil, diferença se repete

DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de mulheres que escolhem a área de pesquisa científica é menor do que o número de homens que optam pelo mesmo caminho no Brasil. E, tal como nos EUA, há grande distância entre os sexos no terreno da computação.
Segundo levantamento de 2006 do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do Ministério da Ciência e Tecnologia, elas eram 43,3% das pesquisadoras, enquanto eles eram 56,7% dentre os que ocupavam posição de liderança. Em números absolutos, eram 12.420 mulheres e 16.289 homens.
Já entre os não líderes, a proporção de homens e mulheres era equilibrada, sendo 50,2% de mulheres (30.751) e 49,8% de homens (30.469).
Na avaliação por faixa etária, as mulheres são maioria no começo da carreira. Na faixa que vai até os 24 anos, por exemplo, representam 75% dos pesquisadores e continuam em maioria até a faixa de 30 anos.
A partir daí, quanto mais aumenta a faixa etária, maior a proporção de homens. Eles representam 64,5% na faixa acima dos 65 anos.
Essa situação se manifesta também na categoria 1A, o topo da carreira de pesquisador, em que as mulheres correspondem a apenas 23%.
Quando divididas por áreas de atuação, as mulheres formavam 49% das pesquisadoras. Os homens, 51% -segundo dados em 2007.
As áreas em que elas são mais numerosas são a de línguas, letras e artes (67%), a de saúde (65%) e a de humanas (60%). Já as áreas em que a presença masculina é mais forte são a de engenharia e computação (mulheres são apenas 30%) e as de exatas e da terra (elas são 26%).


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