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No Brasil, diferença se repete
DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de mulheres
que escolhem a área de pesquisa científica é menor do
que o número de homens
que optam pelo mesmo caminho no Brasil. E, tal como
nos EUA, há grande distância entre os sexos no terreno
da computação.
Segundo levantamento de
2006 do CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico),
do Ministério da Ciência e
Tecnologia, elas eram 43,3%
das pesquisadoras, enquanto
eles eram 56,7% dentre os
que ocupavam posição de liderança. Em números absolutos, eram 12.420 mulheres
e 16.289 homens.
Já entre os não líderes, a
proporção de homens e mulheres era equilibrada, sendo
50,2% de mulheres (30.751)
e 49,8% de homens (30.469).
Na avaliação por faixa etária, as mulheres são maioria
no começo da carreira. Na
faixa que vai até os 24 anos,
por exemplo, representam
75% dos pesquisadores e
continuam em maioria até a
faixa de 30 anos.
A partir daí, quanto mais
aumenta a faixa etária, maior
a proporção de homens. Eles
representam 64,5% na faixa
acima dos 65 anos.
Essa situação se manifesta
também na categoria 1A, o
topo da carreira de pesquisador, em que as mulheres correspondem a apenas 23%.
Quando divididas por
áreas de atuação, as mulheres formavam 49% das pesquisadoras. Os homens, 51%
-segundo dados em 2007.
As áreas em que elas são
mais numerosas são a de línguas, letras e artes (67%), a
de saúde (65%) e a de humanas (60%). Já as áreas em
que a presença masculina é
mais forte são a de engenharia e computação (mulheres
são apenas 30%) e as de exatas e da terra (elas são 26%).
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