DA REPORTAGEM LOCAL

Os sistemas de reconhecimento de voz funcionam com base em um banco de dados com milhares de vozes pré-gravadas.
Dessa forma, o programa assimila uma série de formas com que os sons de uma palavra são pronunciados.
Quando o usuário dita algo para o software, sua voz é digitalizada, e os sons emitidos são comparados com aqueles gravados no banco de dados.
Se o software encontrar semelhanças entre sons de sua coleção e aquilo que foi dito, a palavra aparece na tela em forma de texto.
Programas mais antigos exigiam que o usuário falasse uma palavra por vez para que eles não se perdessem.
Nos softwares atuais, as palavras geralmente são escritas logo após o usuário terminar uma frase.
"O programa busca o sentido da palavra dentro da frase. É dessa forma que ele tenta diferenciar, por exemplo, "há" de "a'", afirma Marcela Vairo, gerente de produto da IBM.
No "Via Voice", o banco de dados é formado por 120 mil palavras. Dessas, 60 mil são utilizadas pelo software e a outra metade fica disponível para correções que o usuário quiser fazer.

Matemática
Para o futuro, há projetos que visam a matematizar todo o aparelho fonador humano, para que o reconhecimento de voz seja extremamente preciso. "Tenho dúvidas de que isso chegue ao mercado, já que, para uma simples palavra, um sistema assim exigiria modelos matemáticos muito complexos", afirma o professor Fábio Violaro, da Unicamp, que desenvolve sistemas de reconhecimento de voz.



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