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INTERNET VELOZ
Internet2 chega a 6,6 Gbps, suficiente para baixar um filme em um segundo; rede experimental testa evolução
Rede acadêmica bate recorde de rapidez
DA REDAÇÃO
Criada em 1996, a Internet2
(www.internet2.edu), rede paralela mantida por universidades e
instituições de pesquisa, está muito na frente da rede convencional.
No começo de setembro, uma
equipe de cientistas usou a Internet2 para quebrar o recorde mundial de velocidade -transmitiu
dados a aproximadamente 6,6
Gbps. Essa taxa, que permite baixar um filme de duas horas em
menos de um segundo, é bem superior ao recorde obtido na internet pública (4,3 Gbps, num teste
realizado pelo governo sueco).
Tanta velocidade pode parecer
exagero, mas não é. Projetos científicos geram enorme quantidade
de dados -um acelerador de
partículas que está sendo construído na Suíça, por exemplo, deve produzir 15 petabytes (quatrilhões de bytes) por ano.
O núcleo da Internet2 está numa rede menor, a Abilene
(abilene.internet2.edu), que interliga universidades dos EUA,
mas o teste de velocidade transpôs uma distância intercontinental: conectou uma universidade
na Califórnia ao centro suíço
CERN -que foi, aliás, berço da
world wide web, interface gráfica
da internet, em 1991.
A USP tem conexão à Internet2,
mas ela é subutilizada. Como os
sistemas da universidade não
possuem os requisitos técnicos
para acessar a rede ultra-rápida, o
acesso fica concentrado em um
departamento, o Centro de Computação e Eletrônica. A USP pretende concluir uma atualização
no primeiro semestre de 2005.
Todos os Estados brasileiros são
interligados por uma outra rede
rápida, a RNP2 (www.rnp2.br),
que foi criada pelo governo.
Para entrar na Internet2, as instituições acadêmicas devem pagar uma taxa anual de US$ 27 mil,
mas o tráfego de dados é liberado.
Uma das aplicações mais interessantes foi criada pela Manhattan
School of Music (www.msmnyc.edu/special/video), que dá aulas
de música pela rede.
Experiência
Outra proposta para aperfeiçoar
a internet comum é o Planet Lab,
um projeto que visa a sobreposição da rede mundial de computadores. Criado em 2002 por um
consórcio de empresas liderado
pela Intel, o Planet Lab é usado
atualmente em caráter experimental por cerca de 150 universidades e laboratórios corporativos,
incluindo a Universidade Federal
de Minas Gerais, que tem dois
pontos de conexão a essa rede.
Segundo documentos divulgados pela Universidade de Princeton, nos EUA, o Planet Lab baseia-se na criação de uma nova
camada de rede que usaria a atual
estrutura da internet como meio
de comunicação -de forma semelhante à que a internet atual
usa a rede telefônica.
Dessa forma, as redes virtuais
interligadas compartilham os recursos das máquinas conectadas e
proporcionam uma navegação
mais rápida.
Esse tipo de benefício já vem
sendo obtido pela universidade
Carnegie Mellon, nos EUA, que
usa a rede para exibição de conteúdo em áudio e vídeo em streaming (sem download prévio).
Para saber mais sobre a nova rede, acesse a seção de dúvidas do
site oficial do Planet Lab, em
www.planet-lab.org/FAQ. Nesse
endereço, há instruções para empresas e instituições de ensino interessadas em instalar pontos de
acesso à rede. O uso doméstico
ainda não está autorizado pelos
desenvolvedores do projeto.
A também mantém uma página
com detalhes sobre o Planet Lab
no endereço www.intel.com/research/exploratory/planetlab.htm.
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