São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2004

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Tecnologias sem fios são mais lentas

DA REPORTAGEM LOCAL

A internet sem fios de alta velocidade ainda não existe. Atualmente, o padrão dominante é o Wi-Fi. Em tese, ele proporciona rapidez (até 54 Mbps), mas os pontos de acesso -hotspots- quase sempre estão conectados à rede mundial de forma muito mais lenta, 256 Kbps a 512 Kbps, e essa velocidade é dividida entre todas as pessoas conectadas.
Por isso, os usuários de Wi-Fi geralmente só baixam e-mails e navegam na rede -veja uma lista de hotspots patrocinados pela Telefônica, com acesso gratuito até 2005, em www.speedywifi.com.br/onde.htm.
Existem três tipos de Wi-Fi -padrões 802.11 a, b e g. Os padrões a e g são os mais rápidos, mas o primeiro tem um problema de compatibilidade (exige placas específicas) e o segundo é incipiente. Para acessar uma rede Wi-Fi, você precisa de um laptop ou micro de mão (palmtop) com antena. Muitos laptops modernos têm Wi-Fi embutido, mas é possível acrescentar a antena a quase qualquer PC portátil -basta comprar uma placa compatível, como a Sysdata 1403, que custa R$ 299 (www.americanas.com.br).
Outra tecnologia sem fios é a CDMA EV-DO, que em São Paulo é oferecida pela Vésper (www.giro.com.br). O serviço tem velocidade razoável -média de 400 Kbps-, mas não é verdadeiramente móvel: o modem tem o tamanho de uma lancheira.
Uma alternativa mais compacta é o CDMA 1xRTT, da Vivo (www.vivo.com.br), mas sua velocidade é baixa: 144 Kbps.
Por isso, as operadoras apostam em duas tecnologias. Uma é a 3G, terceira geração de telefonia celular, que é controversa -na Europa, as empresas de celular, que pagaram US$ 190 bilhões pelas licenças de 3G, estão perdendo dinheiro- e não existe no Brasil.
A outra se chama WiMAX e tem potencial: como alcança até 50 km, permitiria criar uma rede municipal gratuita (ou subsidiada por uma pequena taxa mensal) que atenderia a todos os usuários de laptops, PCs de mesa e micros de mão. A Intel está desenvolvendo, em parceria com o instituto brasileiro CPqD, alguns protótipos que deverão chegar aos laptops em 2006 (a placa vai custar o equivalente a US$ 100). (BG)


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