São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 2002

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IMAGEM DIGITAL

Oregon DS6618 é pouco maior do que um cartão de crédito, mas tira fotos ruins; GSmart oferece melhor qualidade

Câmera ultracompacta cabe na carteira

DA REPORTAGEM LOCAL

Se você costuma tirar retratos com frequência, provavelmente já lamentou ter deixado de registrar alguma cena por não trazer consigo sua máquina fotográfica. Com as câmeras digitais ultracompactas, isso talvez não ocorresse: já existem modelos que podem ser carregados dentro da carteira.
É o caso da Oregon DS6618, que pesa 35 g e mede 8,5x5,4x0,6 cm, pouco mais do que um cartão de crédito. Para ligar a câmera, deve-se acionar um botão que faz saltar a lente -ela fica embutida no corpo da máquina quando não está em uso.
Sendo tão compacta, a Oregon não tem espaço para pilhas: usa uma bateria interna, que é recarregada quando a máquina está ligada ao micro (interface USB).
A câmera não tem flash nem visor de cristal líquido, mas exigi-los talvez fosse pedir demais de um aparelho desse tamanho.
A qualidade de imagem, por outro lado, é um problema: mesmo atenuando o grau de exigência em razão da portabilidade da máquina, os resultados obtidos deixam muito a desejar. Em situações com luz artificial, a Oregon tende a distorcer as cores da imagem, e é preciso ter mão firme ao enquadrar pessoas: o menor movimento resulta numa foto borrada.
A máquina tem 8 Mbytes de memória interna, que são suficientes para armazenar 101 fotos na resolução padrão (320x240 pontos ou 0,07 Mpixel) ou 26 imagens na resolução máxima (640x480 pontos ou 0,3 Mpixel).
Igualmente compacta, a câmera GSmart Mini 2 pesa 40 g e mede 6,9x4,7x1,1 cm, mas alcança resolução maior: 1.280x960 pontos, ou 1,22 Mpixel. O fabricante promete resolução de 2,1 Mpixels, mas esse nível é obtido por meio de interpolação, ou seja, multiplicação artificial de pontos. Embora melhore os resultados obtidos na impressão de fotos grandes -evita o "estouro" da malha de pontos que formam a imagem-, o expediente não melhora a resolução efetiva da câmera.
A máquina tem 16 Mbytes de memória interna, espaço bastante para guardar 36 fotos na qualidade máxima ou 216 na resolução mínima, que é de 640x480 pontos. O usuário também pode gravar 108 segundos de vídeo (sem som).
A exemplo da Oregon, a câmera GSmart não possui visor de cristal líquido nem flash e usa uma bateria recarregável. A máquina não é tão portátil -sua lente, que mede 1 cm de comprimento, não é retrátil, impedindo que a GSmart seja levada dentro de uma carteira-, mas proporciona resultados melhores do que a Oregon.
Apesar disso, a GSmart traz um controle manual de foco cujo efeito prático é atrapalhar o usuário. Como o visor óptico da câmera é minúsculo, torna-se difícil ajustar manualmente o foco.
Por outro lado, a máquina traz um recurso adicional: também pode ser usada como webcam (câmera de internet), o que não acontece com sua concorrente.
Esse recurso torna a relação custo-benefício da GSmart (R$ 750; www.advancedbr.com.br) mais atraente do que a da Oregon (R$ 575; tel. 0/xx/11/5502-9708): embora custe mais, a GSmart é mais versátil e traz uma coleção de softwares melhor. (BG)


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