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SOM DIGITAL
MS-100 promete versatilidade, mas lentidão, baixa capacidade do tocador portátil e preço alto incomodam
Aparelho copia músicas e traz toca-MP3
DA REPORTAGEM LOCAL
O MusicStore MS-100 reúne várias funções: além de tocar CDs, o
usuário pode copiar canções para
o disco rígido embutido e transferi-las para o toca-MP3 portátil
que acompanha o aparelho. Essa
integração permite aproveitar os
principais recursos oferecidos pela gravação digital de músicas sem
recorrer a um computador.
O conceito é interessante, mas
sua implementação é bastante falha: o MS-100 deixa a desejar numa série de quesitos.
A primeira frustração surge na
hora de copiar um CD musical.
Embora o aparelho tenha bastante capacidade -5 Gbytes, o suficiente para guardar aproximadamente mil músicas-, a transferência de arquivos MP3 é feita em
"tempo real", ou seja, gravar um
disco de 60 minutos leva uma hora. Num computador, essa tarefa
demoraria apenas cinco minutos.
Ao copiar canções para a memória do MS-100, é preciso identificá-las escrevendo seus nomes.
Isso não chega a ser difícil -a digitação segue o mesmo procedimento usado em telefones celulares-, mas é cansativo. O ideal seria que o aparelho buscasse na internet os nomes das músicas, como faz o Philips Streamium
(www.audio.philips.com/streamium/product.asp).
Para facilitar a digitação, vale
desativar o modo T9, que tenta
ajudar o usuário, mas só funciona
com títulos em inglês.
Ao transformar seus CDs de
música em arquivos MP3, o usuário conta com três opções de qualidade: SP (taxa de bits de 128
Kbps), LP (96 Kbps) e EP (64
Kbps). Como a taxa de 128 Kbps
oferece a melhor qualidade sonora, e o aparelho tem bastante capacidade, não haveria porque selecionar as outras opções.
Mas elas se tornam necessárias
devido a outra limitação do MS-100 -o tocador portátil fornecido, que se chama SoulMate, tem
apenas 48 Mbytes de memória.
Quer dizer: no modo SP, cabem
apenas 48 minutos de música.
Essa limitação é particularmente ruim, pois anula uma qualidade
do SoulMate, que é a velocidade
de transferência de arquivos. Como o tocador portátil é acoplado
ao MS-100 por uma placa de circuito, leva apenas três segundos
para transferir cada arquivo MP3
de 5 Mbytes (tamanho típico).
O usuário também pode se surpreender com uma restrição curiosa: se uma música for transferida para a memória do SoulMate,
não pode mais ser ouvida no MS-100, pois fica bloqueada.
Para desbloquear a canção, o
usuário precisa apagar a memória
do tocador portátil.
O SoulMate oferece ótima qualidade de som, mas os fones de
ouvido fornecidos apresentam
péssimo desempenho. O MS-100,
que pode ser ligado a um aparelho
de som via plugues estéreo, apresenta boa performance na criação
de arquivos MP3, cuja fidelidade é
comparável à obtida com um PC.
Como o aparelho custa R$ 2.199
(veja quadro acima), suas falhas
são inadmissíveis: com esse dinheiro, pode-se comprar um
computador, que faz muito mais
coisas.
(BG)
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