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São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

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PEGUE E PAGUE

Puretunes oferece acervo variado sem restrições e com preço acessível, mas gravadoras questionam sua legalidade

Serviço on-line tenta conquistar usuários

DA REDAÇÃO

Enquanto as gravadoras lutam contra a distribuição não-autorizada de canções pela internet, os serviços de música on-line, legalizados ou não, desenvolvem-se em ritmo muito intenso.
Na mesma semana em que o já tradicional programa KaZaA bateu um recorde -segundo os criadores do software, ele superou a marca de 230 milhões de downloads, o que o tornaria o programa mais popular de todos os tempos-, o site espanhol Puretunes (www.puretunes.com) lançou um serviço que pode acirrar a polêmica entre os usuários de computador e a indústria fonográfica.
O site oferece um acervo com milhares de títulos (o número exato não foi divulgado) que podem ser baixados para o PC mediante o pagamento de uma taxa.
A diferença está na seleção: enquanto os serviços legalizados de música on-line raramente reúnem os últimos lançamentos de artistas populares, o Puretunes traz obras de conjuntos como The Beatles e Radiohead e artistas como Caetano Veloso e Djavan.
Os arquivos do Puretunes não têm nenhuma limitação de uso: podem ser gravados em CDs e transferidos para tocadores musicais portáteis.
Comumente, os serviços legalizados impõem uma série de restrições ao uso das músicas que vendem, proibindo os usuários de fazer cópias em CDs ou de ouvir as faixas em mais de um micro.
A relação custo-benefício do Puretunes também chama a atenção: o plano de acesso mais barato, que permite fazer downloads por oito horas, custa US$ 4 -tempo suficiente, com uma conexão de alta velocidade, para baixar até 300 músicas.
Embora os donos do site declarem ter obtido permissão legal de duas entidades que regem os direitos autorais de músicas na Espanha, as grandes gravadoras multinacionais consideram o serviço ilegal, pois não foram consultadas. "Se o Puretunes colocar música na rede sem autorização, terá de encarar as consequências", ameaça Allen Dixon, diretor da IFPI, organização internacional que reúne as gravadoras.
Cada usuário pode copiar 25 músicas de graça para experimentar o novo serviço. Se você quiser tentar, instale o programa gratuito que está disponível no site e cadastre-se fornecendo um endereço de e-mail.
Enquanto isso, a Apple divulga o sucesso de seu novo serviço de música on-line, o iTunes Music Store. Embora só esteja disponível nos EUA e só funcione em micros Macintosh -que correspondem a menos de 3% do mercado-, o serviço teria vendido 2 milhões de músicas (US$ 1 cada uma) em apenas 16 dias.
Para completar a efervescência, o programa Napster, que iniciou a onda de música na internet em 2000, mas foi proibido por ordem judicial em 2002, pode voltar em versão legalizada: a empresa Roxio, que controla a marca Napster, comprou por US$ 40 milhões o serviço Pressplay, que foi criado pelas gravadoras Sony e Universal para vender canções na rede.


Com agências internacionais


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