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PEGUE E PAGUE
Puretunes oferece acervo variado sem restrições e com preço acessível, mas gravadoras questionam sua legalidade
Serviço on-line tenta conquistar usuários
DA REDAÇÃO
Enquanto as gravadoras lutam
contra a distribuição não-autorizada de canções pela internet, os
serviços de música on-line, legalizados ou não, desenvolvem-se em
ritmo muito intenso.
Na mesma semana em que o já
tradicional programa KaZaA bateu um recorde
-segundo os criadores do software, ele superou a marca de 230
milhões de downloads, o que o
tornaria o programa mais popular de todos os tempos-, o site
espanhol Puretunes (www.puretunes.com) lançou um serviço que pode acirrar a polêmica
entre os usuários de computador
e a indústria fonográfica.
O site oferece um acervo com
milhares de títulos (o número
exato não foi divulgado) que podem ser baixados para o PC mediante o pagamento de uma taxa.
A diferença está na seleção: enquanto os serviços legalizados de
música on-line raramente reúnem os últimos lançamentos de
artistas populares, o Puretunes
traz obras de conjuntos como The
Beatles e Radiohead e artistas como Caetano Veloso e Djavan.
Os arquivos do Puretunes não
têm nenhuma limitação de uso:
podem ser gravados em CDs e
transferidos para tocadores musicais portáteis.
Comumente, os serviços legalizados impõem uma série de restrições ao uso das músicas que
vendem, proibindo os usuários de
fazer cópias em CDs ou de ouvir
as faixas em mais de um micro.
A relação custo-benefício do
Puretunes também chama a atenção: o plano de acesso mais barato, que permite fazer downloads
por oito horas, custa US$ 4
-tempo suficiente, com uma conexão de alta velocidade, para
baixar até 300 músicas.
Embora os donos do site declarem ter obtido permissão legal de
duas entidades que regem os direitos autorais de músicas na Espanha, as grandes gravadoras
multinacionais consideram o serviço ilegal, pois não foram consultadas. "Se o Puretunes colocar
música na rede sem autorização,
terá de encarar as consequências", ameaça Allen Dixon, diretor da IFPI, organização internacional que reúne as gravadoras.
Cada usuário pode copiar 25
músicas de graça para experimentar o novo serviço. Se você
quiser tentar, instale o programa
gratuito que está disponível no site e cadastre-se fornecendo um
endereço de e-mail.
Enquanto isso, a Apple divulga
o sucesso de seu novo serviço de
música on-line, o iTunes Music
Store. Embora só esteja disponível nos EUA e só funcione em micros Macintosh -que correspondem a menos de 3% do mercado-, o serviço teria vendido 2
milhões de músicas (US$ 1 cada
uma) em apenas 16 dias.
Para completar a efervescência,
o programa Napster, que iniciou a
onda de música na internet em
2000, mas foi proibido por ordem
judicial em 2002, pode voltar em
versão legalizada: a empresa Roxio, que controla a marca Napster, comprou por US$ 40 milhões
o serviço Pressplay, que foi criado
pelas gravadoras Sony e Universal
para vender canções na rede.
Com agências internacionais
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