São Paulo, Quarta-feira, 29 de Setembro de 1999
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Não jogue ainda seu teclado no lixo

da Reportagem Local

É possível que, no futuro, a tecnologia permita abrir mão do teclado. Mas, hoje, a realidade ainda não consente a liberdade de abandonar esse dispositivo.
Depois de passar horas dando ordens a um computador para que entendesse meus comandos de voz -ora para conectar-me à Internet ora para pedir que escrevesse um texto-, a realidade mostrou que há uma diferença gritante entre o que os fabricantes desse tipo de software tentam vender ao público e o que o produto faz.
É preciso passar mais de duas horas treinando o programa para reconhecer sua voz. E não 15 minutos, como diz a propaganda.
E, ao ditar, o texto vem coalhado de erros. Se você falar com uma pronúncia diferente ou se a voz apresentar sinais de cansaço, a compreensão do texto pelo sistema será afetada.
Além disso, palavras sem nenhum sentido são inseridas no texto em função da respiração e da proximidade com o microfone. Isso obriga o usuário a recorrer com frequência ao mouse ou ao teclado para fazer as correções.
Mesmo com todos esses percalços, os programas de reconhecimento de voz já conseguiram vencer um desafio que somente era viável em filmes de ficção científica. Agora, a tecnologia tem outra meta: a de fazer com que o programa reconheça uma fala natural, dispensando a necessidade de ditar pontuação, por exemplo.


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