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Número de pragas digitais atinge 100 mil
DA REPORTAGEM LOCAL
A empresa de segurança
McAfee anunciou a descoberta do
vírus de número 100 mil. Trata-se
de uma variação do Sdbot, que
não é considerado de alto risco,
mas o número representa um
marco na evolução das pragas digitais. Neste ano, a McAfee diz já
ter catalogado 15 mil novos vírus,
e espera que a quantidade de pragas descobertas em 2004 supere o
número de 2003 (22 mil).
O primeiro vírus sofisticado foi
o Morris Worm, que surgiu em
1988 com uma capacidade inédita: conseguia se propagar automaticamente. A praga atacou
6.000 máquinas (aproximadamente 10% dos micros conectados à internet na época) e causou
prejuízos estimados em US$ 15
milhões. Seu criador, o estudante
de computação Robert Tappan
Morris, foi multado em US$ 10
mil e condenado a prestar 400 horas de serviço comunitário.
Em 1999, duas pragas abalaram
a internet. O vírus Chernobyl, que
assustou porque conseguia queimar a placa-mãe do PC (não apenas danificar os softwares instalados), e o Melissa, que foi o primeiro a circular em grande escala pela
rede mundial, causando danos estimados por empresas de segurança em US$ 80 milhões.
No ano seguinte, foi a vez do I
Love You, que causou fortes congestionamentos no tráfego internacional de e-mails. Seu criador, o
filipino Onel de Guzman, foi preso, mas liberado -as Filipinas
não tinham leis anti-hackers.
Em 2001, as pragas digitais usaram como nunca o sistema de
propagação automática. Explorando defeitos do sistema operacional Windows e de alguns programas, os vírus SirCam, Nimda e
Code Red conseguiam infectar
automaticamente máquinas ligadas à rede (as vítimas não precisavam abrir arquivos).
No ano passado, o vírus Slammer, que também é autônomo,
conseguiu penetrar na rede principal da usina nuclear Davis Besse, em Ohio (EUA). Como a usina
estava inoperante, nada de mais
grave ocorreu. Já a praga Blaster
provocou paralisação de trens em
Washington e congestionamentos no aeroporto de Toronto, no
Canadá.
(BG)
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