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TENSÃO
Escritórios portáteis podem roubar tempo
DA REPORTAGEM LOCAL
No avião, na praia, em casa, no
táxi. Não há limites para os escritórios portáteis, de onde os tecno-executivos são capazes de resolver
qualquer assunto. Mas especialistas advertem -e os próprios executivos admitem- que a necessidade de estar sempre alerta pode
acabar provocando estresse.
"Faço contato de qualquer lugar
com a empresa, mas reconheço
que os recursos escravizam e causam dependência", diz Eduardo
Abreu, gerente de produto da Fininvest.
Fã assumido da tecnologia, ele
diz que usar notebook, celular e
micro de mão ao mesmo tempo
significa praticidade, não sacrifício. "Recebo mais de 50 e-mails
por dia no trabalho, fora os particulares, e consigo aproveitar melhor o meu tempo, pois posso
acessar as mensagens e respondê-las de onde estiver."
Na opinião de Alexandre Nicolau Luccas, diretor do CRP-SP
(Conselho Regional de Psicologia
de São Paulo),"os executivos têm
de aprender a lidar com o excesso
de informação e o fato de carregarem um escritório portátil, pois
ninguém resiste a ficar 24 horas
conectado à empresa."
Cobrança
"Há uma corrida para se manter
atualizado, pois as informações
giram rápido e ninguém quer perder o bonde da evolução", diz
Paulo Nogueira, presidente do
Centro de Estudos do Controle do
Stress para a Saúde Integral.
Para ele, as empresas estão
"aparentemente" preocupadas
com o nível de estresse de seus
funcionários. "Contratam um terapeuta, implementam programas de qualidade de vida, mas
poucas fazem mudanças profundas nos métodos de trabalho."
Com a facilidade de comunicação criada por recursos tecnológicos como celulares conectados à
Internet, agendas eletrônicas
compatíveis com computadores,
micros de mão e notebooks, as
empresas passam a aumentar seu
nível de cobrança para com seus
empregados.
(TA)
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