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Sites e papel ajudam na preservação de fotos
DO "NEW YORK TIMES"
Uma opção prosaica, mas confiável, para preservar os dados é
imprimi-los.
Melanie Ho, 25, estudante da
Universidade da Califórnia, em
Los Angeles, e que usa micros
desde a escola primária, cria suas
próprias páginas na internet e
passa muito tempo on-line.
Ela imprime seus documentos
mais importantes e guarda um
backup (cópia de reserva) dos dados na casa de seus pais, que fica a
160 km de onde ela vive.
"Assim como muitas pessoas
acham que o papel impresso vai
acabar por causa dos PCs", disse
ela, "eu realmente acho que existe
algo na tangibilidade do papel que
nos faz sentir confortáveis".
Os defensores do arquivamento
de papéis tornam-se especialmente eloqüentes quando se trata
de preservar fotografias.
Se guardadas de forma apropriada, as fotografias coloridas
tradicionais, impressas a partir de
negativos, podem durar 75 anos
sem desbotar. Os papéis fotográficos mais modernos prometem
resistir por até 200 anos.
Não há tanta certeza para as fotos digitais salvas em um disco rígido. É provável que os formatos
atuais tornem-se obsoletos e que
os softwares do futuro "não reconheçam alguns aspectos desses
formatos", disse Thibodeau.
""Pode ser ainda uma imagem",
afirmou, "mas pode haver situações em que, por exemplo, as cores sejam diferentes."
Os especialistas do Arquivo Nacional, como os da Biblioteca do
Congresso, estão trabalhando para desenvolver uma uniformidade nos arquivos digitais, o que eliminaria a dependência de um
aparelho ou software específico.
Um formato que tem uniformidade, destaca Thibodeau, é o da
internet, onde, freqüentemente, o
navegador que está sendo usado
não faz diferença.
De fato, para muitos usuários a
internet tornou-se um método
popular de arquivamento, especialmente quando se trata de fotografias. Os sites Shutterfly.com e
Ofoto.com têm centenas de milhões de fotografias.
O Shutterfly guarda um backup
de cada foto enviada ao site.
Mas suponha que uma empresa
baseada na internet, como a Shutterfly, deixe de operar.
Bagshaw disse que ele preferiria
ver as coisas de outra forma, mas
ofereceu um pequeno consolo
àqueles que usam o Shutterfly como um compartimento de armazenagem digital. ""Não importa
quais sejam as circunstâncias da
empresa, nós sempre vamos disponibilizar as imagens para as
pessoas."
A mobilidade constante pode
ser outro problema. Stephen
Quinn, que leciona jornalismo na
Ball State University em Indiana,
desloca-se freqüentemente por
causa do seu trabalho. Ele prefere
guardar o mínimo de papéis, e raramente imprime documentos.
Quinn tem, na última gaveta de
sua escrivaninha, uma caixa com
um jogo eclético de discos de armazenamento datados desde o
início dos anos 1980, quando ele
iniciou sua vida profissional com
um computador Amstrad.
Todas as poesias de Quinn
(""não publicadas e impublicáveis", diz ele) e outros trabalhos
escritos estão em diversos dispositivos digitais, juntamente com
as anotações de seu diário.
Ele deseja reunir, um dia, todo o
material como uma lembrança
para seus filhos, mas não tem como abrir alguns dos arquivos, especialmente aqueles gravados nos
discos do Amstrad há mais de
vinte anos. Ele vem procurando
um micro que possa ler esses discos, mas ainda não conseguiu encontrá-lo.
""Eu tenho uma gaveta cheia de
discos e não tenho nenhuma máquina para lê-los", disse Quinn.
Impermanência
Isso vem se tornando um problema básico da vida digital. Seja
qual for a solução que as pessoas
usem, é certo que será uma solução temporária. ""Estaremos sempre brincando de pegador", disse
Rutenbeck, que está trabalhando
para se desfazer de parte de seu
próprio passado digital, jogando
fora velhos discos rígidos e pilhas
de discos Zip antigos. ""Me sinto
bem fazendo isso, é como se eu
não guardasse uma caixa com tudo que fiz no primeiro grau."
Tradução de Angela Caracik
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