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NÓS, ROBÔS
Entre outras tarefas, máquinas realizam pesquisas, cantam, dançam, recepcionam visitantes e limpam casas
Trabalhador biônico substitui humano
FERNANDO BADÔ
DA REPORTAGEM LOCAL
Os robôs estão em alta. E não só
pela animação "Robôs", em cartaz nos cinemas brasileiros desde
a semana retrasada. Recentes descobertas e estudos científicos foram viáveis devido à ajuda de máquinas capazes de substituir a
ação direta do ser humano.
No fim de fevereiro, a sonda
Mars Express foi fundamental para a descoberta de um oceano gelado no solo de Marte. Dias depois, em Londres, foi anunciado o
desenvolvimento de um pequeno
robô que ajuda no diagnóstico do
câncer.
A fase é boa também fora do
campo científico ou dos meios de
produção. No último domingo,
terminou a Robolympics 2005,
disputa que reúne robôs de luta
de vários países e que contou com
a presença de uma equipe brasileira.
A definição de o que é um robô
e de o que o distingue de um outro
tipo de aparelho eletrônico não é
tão simples. Grosso modo, a capacidade de realizar tarefas humanas -como soldar um automóvel, fazer filmagem ou chutar uma
bola- é a principal diferença:
"Um robô realiza tais trabalhos
pois apresenta similaridade de
movimentos com o ser humano,
ainda que apenas de algumas partes do corpo, como o braço", afirma o coordenador do curso de
engenharia mecânica da universidade FAAP, Nicola Getschko, especialista na área de robótica.
Imprescindíveis
As vendas de robôs, seja daqueles considerados de uso doméstico seja para uso corporativo, estão em crescimento.
Um estudo da Comissão Econômica para a Europa das Nações
Unidas (www.unece.org) prevê
que, até 2007, aproximadamente
4,1 milhões de robôs estarão limpando piscinas, cortando gramados ou aspirando pó. O aumento
nas vendas de modelos industrias, comparando-se o primeiro
semestre do ano passado com o
de 2003, é da ordem de 18%.
Para Jan Kalrsson, autor do estudo de 414 páginas, "a queda dos
preços e a contínua melhora da
tecnologia impulsionam o investimento industrial".
A economia mais robótica do
mundo é a japonesa, com cerca de
350 mil de um total de 800 mil robôs industriais no mundo. A
União Européia tem 250 mil e a
América do Norte, 112 mil -a
maioria deles em operação nos
EUA, que ficam com o segundo
lugar entre os países com mais robôs no planeta.
"Esses números revelam o
quanto eles são importantes no
panorama mundial. O Brasil, no
entanto, ainda está longe dessa
realidade, com cerca de 1.200 robôs", diz Getschko.
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