São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2005

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Futebol também agita mundo robótico

DA REPORTAGEM LOCAL

A Holanda se prepara para sediar o próximo torneio europeu de futebol. Não a tradicional Eurocopa, cuja próxima edição está marcada para 2008, mas o Campeonato Europeu de Futebol de Robôs 2005 (www.robosoccer.nl), que acontecerá nas dependências da Universidade de Twente, na cidade de Enschede, entre os dias 6 e 10 de junho.
Não se trata de um torneio independente. Uma entidade internacional o organiza: a Federação Internacional de Futebol Associado de Robôs -ou simplesmente Fira (www.fira.net).
Os times são divididos em três categorias, de acordo com o número de máquinas em cada equipe (cinco, sete ou 11), e as esperanças dos anfitriões estão depositadas na equipe MI20 (hmi.ewi.utwente.nl/robotsoccer), formada por estudantes da própria universidade e que ficou em quarto lugar em 2003.
Os competidores também são separados pela maneira como se movimentam. Alguns times são de robôs bípedes, outros são formados por autômatos parecidos com caixas equipadas com rodas, que empurram a bola até o gol.
Os tamanhos dos robôs variam. Conseqüentemente, o das bolas também. Em muitas divisões, são usadas bolas de golfe ou de tênis de mesa.
A tradição do futebol de robôs vem ganhando força. Em agosto, equipes de todo o mundo vão se reunir no Reino Unido para a décima edição da Copa do Mundo de Futebol de Robôs.
A Fira, entretanto, não tem a exclusividade de organização de campeonatos mundiais. Em julho, na cidade de Osaka (Japão), acontecerá a RoboCup 2005 (www.robocup.org), competição promovida pela RoboCup Federation, que tem o apoio da Sony, além de contar com outras outros parceiros.

Habilidosos
Se os robôs estão com movimentos cada vez mais similares aos dos seres humanos, eles devem ser capazes de praticar o mais popular esporte do mundo. Por isso, as empresas investem no desenvolvimento de autômatos com tal funcionalidade.
O bípede Asimo, da Honda, já provou ser capaz de bater sua bolinha. Ele apareceu na RoboCup de 2002, o primeiro ano em que a competição reuniu a categoria humanóide. A agilidade dos craques humanos, contudo, não era o seu forte.
Nesse quesito, o J4, da JVC, leva vantagem. Claro, ele mede apenas 20 cm (um sexto do tamanho do Asimo) e pesa 770 g, mas, por causa de suas 26 articulações, seus movimentos lembram mais os de Ronaldinho Gaúcho ou Zidane, ainda que bem mais lentos.

Poliesportivos
Os robôs também já provaram ser capazes de praticar golfe, esporte muito popular nos EUA e no Japão. Em março de 2004, em Tóquio, o QRIO, da Sony, encaçapou bolinhas no melhor estilo Tiger Woods.Ele também é habilidoso com a bola de futebol.
E um dos possíveis próximos passos do automobilismo são as corridas sem pilotos.
Uma das mais famosas equipes de corridas de robô é a Red Team (www.redteamracing.org), da universidade Carnegie Mellon, que já construiu vários carros que não precisam de pilotos ou podem ser comandados à distância.


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