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Futebol também agita mundo robótico
DA REPORTAGEM LOCAL
A Holanda se prepara para sediar o próximo torneio europeu
de futebol. Não a tradicional Eurocopa, cuja próxima edição está
marcada para 2008, mas o Campeonato Europeu de Futebol de
Robôs 2005 (www.robosoccer.nl), que acontecerá nas dependências da Universidade de
Twente, na cidade de Enschede,
entre os dias 6 e 10 de junho.
Não se trata de um torneio independente. Uma entidade internacional o organiza: a Federação Internacional de Futebol Associado
de Robôs -ou simplesmente Fira (www.fira.net).
Os times são divididos em três
categorias, de acordo com o número de máquinas em cada equipe (cinco, sete ou 11), e as esperanças dos anfitriões estão depositadas na equipe MI20 (hmi.ewi.utwente.nl/robotsoccer), formada por estudantes da própria universidade e que ficou em quarto
lugar em 2003.
Os competidores também são
separados pela maneira como se
movimentam. Alguns times são
de robôs bípedes, outros são formados por autômatos parecidos
com caixas equipadas com rodas,
que empurram a bola até o gol.
Os tamanhos dos robôs variam.
Conseqüentemente, o das bolas
também. Em muitas divisões, são
usadas bolas de golfe ou de tênis
de mesa.
A tradição do futebol de robôs
vem ganhando força. Em agosto,
equipes de todo o mundo vão se
reunir no Reino Unido para a décima edição da Copa do Mundo
de Futebol de Robôs.
A Fira, entretanto, não tem a exclusividade de organização de
campeonatos mundiais. Em julho, na cidade de Osaka (Japão),
acontecerá a RoboCup 2005
(www.robocup.org), competição
promovida pela RoboCup Federation, que tem o apoio da Sony,
além de contar com outras outros
parceiros.
Habilidosos
Se os robôs estão com movimentos cada vez mais similares
aos dos seres humanos, eles devem ser capazes de praticar o
mais popular esporte do mundo.
Por isso, as empresas investem no
desenvolvimento de autômatos
com tal funcionalidade.
O bípede Asimo, da Honda, já
provou ser capaz de bater sua bolinha. Ele apareceu na RoboCup
de 2002, o primeiro ano em que a
competição reuniu a categoria
humanóide. A agilidade dos craques humanos, contudo, não era o seu forte.
Nesse quesito, o J4, da JVC, leva
vantagem. Claro, ele mede apenas
20 cm (um sexto do tamanho do
Asimo) e pesa 770 g, mas, por
causa de suas 26 articulações, seus
movimentos lembram mais os de
Ronaldinho Gaúcho ou Zidane,
ainda que bem mais lentos.
Poliesportivos
Os robôs também já provaram
ser capazes de praticar golfe, esporte muito popular nos EUA e
no Japão. Em março de 2004, em
Tóquio, o QRIO, da Sony, encaçapou bolinhas no melhor estilo Tiger Woods.Ele também é habilidoso com a bola de futebol.
E um dos possíveis próximos
passos do automobilismo são as
corridas sem pilotos.
Uma das mais famosas equipes
de corridas de robô é a Red Team
(www.redteamracing.org), da
universidade Carnegie Mellon,
que já construiu vários carros que
não precisam de pilotos ou podem ser comandados à distância.
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