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Consumo
Baú de guardados
PARABÉNS PARA VOCÊ Lançamento comercial dos discos rígidos completa 50 anos, e mercado mostra aparelhos diminutos que podem guardar vários gigabytes
DA REPORTAGEM LOCAL
Na época em que um computador podia ocupar um andar
inteiro do escritório, nasceu o
primeiro disco rígido lançado
comercialmente, o IBM 350
Ramac Disk Drive, criado pelo
norte-americano Reynold
Johnson, com a ajuda de um time de engenheiros pioneiros,
Lançada em 4 de setembro
de 1956, a peça fazia parte de
um computador destinado a
empresas e ocupava o espaço
equivalente ao de dez geladeiras, armazenando 5 Mbytes e
oferecendo uma velocidade de
leitura de 1.200 RPM.
Morto em 1998, Johnson viu
sua criação perder medidas e,
ao mesmo tempo, multiplicar o
espaço interno centenas de vezes. Mais do que isso, graças aos
drives pioneiros, novos dispositivos foram criados e puderam
armazenar grandes quantidades de dados em espaços ainda
menores. Tocadores de música
portáteis, gravadores de TV e
computadores de mão são alguns dos exemplos de aparelhos beneficiados direta e indiretamente pela invenção cinqüentona de Johnson.
Um cartão de memória do tipo SD, que é menor do que um
selo, tem capacidades que ultrapassam os 2 Gbytes- mais
de quatrocentas vezes maior do
que espaço do IBM 350.
Os modelos de disco rígido
maiores, usados internamente
pelos PCs, chegam ainda mais
longe. O padrão do mercado nacional atual é de 80 Gbytes, e
modelos mais sofisticados ultrapassam os 160 Gbytes. Nas
empresas, discos com 1 Tbyte
(cerca de 1.024 Gbytes) já são
populares. A capacidade de
guardados aumentou, os arquivos ficaram mais pesados e a
velocidade de leitura dos discos
rígidos precisou subir. Essa tarefa é medida em RPMs (rotações por minuto). Drives modernos chegam a 10.000 RPM.
Até chegar a esse ponto, porém, várias evoluções precisaram acontecer. Um momento
marcante ocorreu em 1973,
quando a IBM lançou o modelo
3340, que ficou imortalizado
pelo seu apelido, Winchester. O
3340 trouxe uma nova organização interna e maior velocidade na manipulação de dados.
Nos anos 80, a principal novidade foi o lançamento da interface IDE e do padrão ATA (AT
Attachment) para conectar os
drives aos computadores.
Até hoje, boa parte dos leitores de CDs e dos discos rígidos
usa essa tecnologia, que já tem
uma sucessora mais rápida e
moderna em ascensão no mercado, a Serial ATA (Sata).
Ainda mais
A evolução do armazenamento de dados não vai parar
por aí. Já existem modelos de
drives que armazenam os dados de forma perpendicular,
técnica conhecida pela sigla em
inglês de PMR, abreviação para
perpendicular magnetic recording. Com ela, é possível armazenar mais dados em um espaço menor. Um disco da Toshiba, com espaço para 40 Gbytes,
mede 1,8 polegada.
(JB)
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