São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006

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Consumo

Baú de guardados

PARABÉNS PARA VOCÊ Lançamento comercial dos discos rígidos completa 50 anos, e mercado mostra aparelhos diminutos que podem guardar vários gigabytes

DA REPORTAGEM LOCAL

Na época em que um computador podia ocupar um andar inteiro do escritório, nasceu o primeiro disco rígido lançado comercialmente, o IBM 350 Ramac Disk Drive, criado pelo norte-americano Reynold Johnson, com a ajuda de um time de engenheiros pioneiros,
Lançada em 4 de setembro de 1956, a peça fazia parte de um computador destinado a empresas e ocupava o espaço equivalente ao de dez geladeiras, armazenando 5 Mbytes e oferecendo uma velocidade de leitura de 1.200 RPM.
Morto em 1998, Johnson viu sua criação perder medidas e, ao mesmo tempo, multiplicar o espaço interno centenas de vezes. Mais do que isso, graças aos drives pioneiros, novos dispositivos foram criados e puderam armazenar grandes quantidades de dados em espaços ainda menores. Tocadores de música portáteis, gravadores de TV e computadores de mão são alguns dos exemplos de aparelhos beneficiados direta e indiretamente pela invenção cinqüentona de Johnson.
Um cartão de memória do tipo SD, que é menor do que um selo, tem capacidades que ultrapassam os 2 Gbytes- mais de quatrocentas vezes maior do que espaço do IBM 350.
Os modelos de disco rígido maiores, usados internamente pelos PCs, chegam ainda mais longe. O padrão do mercado nacional atual é de 80 Gbytes, e modelos mais sofisticados ultrapassam os 160 Gbytes. Nas empresas, discos com 1 Tbyte (cerca de 1.024 Gbytes) já são populares. A capacidade de guardados aumentou, os arquivos ficaram mais pesados e a velocidade de leitura dos discos rígidos precisou subir. Essa tarefa é medida em RPMs (rotações por minuto). Drives modernos chegam a 10.000 RPM.
Até chegar a esse ponto, porém, várias evoluções precisaram acontecer. Um momento marcante ocorreu em 1973, quando a IBM lançou o modelo 3340, que ficou imortalizado pelo seu apelido, Winchester. O 3340 trouxe uma nova organização interna e maior velocidade na manipulação de dados.
Nos anos 80, a principal novidade foi o lançamento da interface IDE e do padrão ATA (AT Attachment) para conectar os drives aos computadores.
Até hoje, boa parte dos leitores de CDs e dos discos rígidos usa essa tecnologia, que já tem uma sucessora mais rápida e moderna em ascensão no mercado, a Serial ATA (Sata).

Ainda mais
A evolução do armazenamento de dados não vai parar por aí. Já existem modelos de drives que armazenam os dados de forma perpendicular, técnica conhecida pela sigla em inglês de PMR, abreviação para perpendicular magnetic recording. Com ela, é possível armazenar mais dados em um espaço menor. Um disco da Toshiba, com espaço para 40 Gbytes, mede 1,8 polegada. (JB)


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