da Reportagem Local

A Internet se tornou um dos pontos de intercâmbio importantes dos cultores de estéticas sombrias no Brasil. Um exemplo é a sala de bate-papo, acessível pelo "mIRC" no canal #gótico em spider.dal.net. Conseguiu reunir entusiastas góticos do Rio de Janeiro em torno da Internet. "O canal realizou três festas em um casarão no Alto da Boa Vista", diz Carol, que frequenta o chat.
Carol afirma que a Internet tem sido vital para os góticos do Rio: lá faltam pontos de encontro. Não existem muitas casas noturnas alternativas na cidade, e nenhuma delas é exclusiva para o público dark. "Só a Bunker, que não chega a ser um clube gótico. A Guetto, que tinha algumas festas, fechou."
Para Cid Vale Ferreira, DJ e poeta paulista que mantém a página cultural Sépia e uma lista de discussão (www.onelist.com/subscribe.cgi/sepiazine), a Internet atende a uma das qualidades mais fortes dos entusiastas góticos: a multiplicidade. "É um grupo unido principalmente por estéticas, e por isso mesmo tem indivíduos de comportamentos muito diferentes uns dos outros."
A Internet facilitou a aproximação dessas pessoas, que chegam, em algumas ocasiões, a escrever mais de 80 mensagens por semana: "Muitas pessoas que se conheciam apenas de vista, de festas e shows, passaram a conversar na lista. A rede está unindo demais", diz Ferreira.
Outro ponto de união da cultura gótica no Brasil são os webrings (grupos de sites sobre temas específicos). O mais conhecido é o Cultura Obscura (www.geocities.com/Athens/Academy/3552/obscura.htm), que integra sites de poetas, músicos, artistas plásticos e simples entusiastas. (GC)

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