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SOFTWARE
Programa se baseia no BeOS, que foi baixado por mais de 1 milhão de usuários, mas tem melhorias
Sistema Zeta é opção ao Windows e ao Linux
DA REPORTAGEM LOCAL
Windows, Linux e Mac OS não são os únicos
sistemas operacionais compatíveis com o PC. Há também o
BeOS, um programa tão desconhecido quanto influente. No final dos anos 90, a Apple procurava um sistema para substituir seu
sistema operacional, que na época
estava perdendo espaço para o
Windows. A empresa cogitou
comprar o BeOS, mas fechou negócio com Steve Jobs, que trouxe
seu software, o NeXT OS, usado
como base do Mac OS X.
Na época do Windows 95/98, os
usuários domésticos de PC não
dispunham de um sistema operacional que combinasse estabilidade, velocidade e facilidade de instalação. Por isso, o BeOS chegou a
ser baixado por 1 milhão de usuários, mas a Microsoft impediu que
os fabricantes de micros oferecessem o programa. Em 2003, a empresa de Bill Gates fez um acordo
judicial e pagou US$ 23 milhões
aos criadores do BeOS, mas era
tarde: a Be Software já havia quebrado.
O BeOS está de volta. Agora, ele
se chama Zeta e é desenvolvido
pela pequena empresa alemã Yellow Tab (www.yellowtab.com),
com 42 funcionários.
O sistema continua rápido: numa máquina antiga, com chip Athlon de 950 MHz e apenas 128
Mbytes de RAM, o Zeta se mostrou bem mais ágil do que o Fedora Linux e o Windows XP (que
mal roda nesse PC). O reconhecimento do hardware da máquina,
um Compaq Presario, foi perfeito.
Ainda bem, pois o gerenciador de
periféricos é difícil de usar, inferior ao do Windows. Outra falha é
a ausência de um mecanismo de
atualização do sistema via internet.
O pacote de escritório Gobe
Productive 2.0, que é a única opção real na plataforma BeOS (e
vem incluso no Zeta), lembra o
antigo e limitado AppleWorks.
Apesar disso, ele tem compatibilidade com arquivos do Microsoft
Office e dá conta de pequenos trabalhos. O navegador é o Firefox
1.0.3, e a renderização das páginas
é boa: as fontes não ficam distorcidas (como às vezes ocorre em
navegadores para Linux).
O Zeta vem com tocador de áudio e atalhos para algumas rádios
on-line, mas não toca vídeos DivX
sem um programa específico
-considerando que o Windows
também não suporta DivX nativamente, isso é aceitável.
A interface gráfica é bem parecida com a do antigo BeOS 5, mas
resistiu bem à passagem do tempo: os ícones ainda são atraentes,
e a área de trabalho minimalista é
um diferencial em relação ao
Windows.
Na Europa, o Zeta custa 99.
Ele ainda não foi lançado no Brasil, mas pode ser importado
(www.yellowtab.com/shop/shop_online.php). Outra opção é
baixar e experimentar gratuitamente o BeOS 5 Personal Edition
for Windows, antecessor do Zeta.
Essa versão, que está em www.bebits.com/app/2680 (download
de 43 Mbytes), não requer o particionamento do disco rígido, mas
não garante compatibilidade com
discos rígidos NTFS, ou seja, pode
não funcionar em máquinas que
têm o Windows XP.
(BG)
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