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ORÇAMENTO
Planeje-se para garantir o futuro dos filhos sem arrombar suas finanças; aplique de acordo com o seu perfil
Comece a poupar enquanto eles são bebês
DA REDAÇÃO
Para não ser pego desprevenido
no futuro, principalmente na época da universidade, quando os
gastos com os filhos aumentam
significativamente, é preciso planejar e começar a poupar o quanto antes (veja tabela ao lado).
O primeiro passo é fazer um orçamento doméstico detalhado e
levantar qual é o peso financeiro
das crianças na sua renda. O próximo, diz Hugo Penteado, economista-chefe e estrategista da ABN
Amro Asset Management, é estabelecer metas para o futuro.
Ninguém consegue predefinir o
futuro dos filhos, mas tente imaginar o que você gostaria de proporcionar a eles, quanto isso custaria e quais são as suas chances
de concretizar o sonho. Feitas as
contas, comece a poupar.
O empresário Lúcio Natal, 42, e
sua mulher, Teresa, 36, de São
Paulo, têm aplicações financeiras
em nome dos filhos, Danielle, 6, e
Leonardo, 4, desde que eles nasceram. "Quero deixar o suficiente
para que eles paguem uma boa faculdade, comprem um carro e até
iniciem um negócio próprio", explica Natal.
Cerca de 50% dos recursos
guardados para seus filhos estão
em títulos de capitalização, 25%,
em fundos de renda fixa, 12,5%,
em fundos de ações, e 12,5%, em
caderneta de poupança. Além disso, o empresário tem seguros de
vida em nome das crianças.
A fórmula de investimento de
Natal é a ideal? Se você fizer essa
pergunta em dez bancos, terá dez
respostas diferentes.
Para o consultor financeiro Victor Zaremba, que acaba de lançar
o livro "O Milionário Que Existe
em Você", quando a pessoa tem
muitos anos pela frente para poupar (pelo menos 5 anos), ele recomenda investir todos os recursos
em fundos de ações. "Mas diversifique em pelos menos três fundos,
de três instituições sérias."
Na opinião de Marcos Silvestre,
economista-chefe do Forex Centro Brasileiro de Orientação de Finanças Pessoais, o mais prudente
é colocar 50% em fundos de ações
e 50% em fundos de renda fixa.
Gilberto Poso, diretor de risco
da Lloyds TSB Asset Management, aconselha um percentual
em ações entre 30% e 60% e o restante em fundos de renda fixa.
Já Dilma Barbosa Lima, diretora
de fundos do BankBoston, não recomenda colocar mais de 40% em
Bolsa de Valores.
Quando os consultores falam
em fundo de renda fixa, ele tanto
pode ser prefixado como pós-fixado (DI), pois no longo prazo
eles tendem a dar o mesm ganho.
Mas as recomendações não param por aí. Toni Lotar, diretor comercial da Sul América Aetna Seguros e Previdência, sugere que a
poupança mensal vá para um plano de previdência. A vantagem,
diz, em relação a uma aplicação
tradicional, é que as contribuições
podem ser deduzidas do Imposto
de Renda até o limite de 12% da
renda bruta anual.
Silvestre não considera uma boa
idéia. "No momento da retirada,
o investidor terá de pagar IR pela
alíquota máxima se sacar mais de
R$ 900 mensais. Além disso, as taxas de administração ainda são
muito altas", diz. Zaremba só recomenda os planos de previdência para quem não tem disciplina
para poupar ou não entende de
investimentos.
Já Antônio Barbosa, diretor de
produtos da Icatu Hartford Seguros, lembra também que o pacote
só é completo, quando, além de
uma reserva financeira, há um seguro de vida ou educacional.
"Não há fórmula melhor ou
pior para se poupar para o futuro
dos filhos", diz Dilma. A escolha é
pessoal e depende da disposição a
risco, situação financeira e perspectivas profissionais.
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