da Redação

Fazer a contabilidade das operações feitas em Bolsas pode se tornar uma tarefa complexa, principalmente se o investidor tem um perfil como o do analista de sistemas Jaime Magno Galle, que costuma realizar várias transações no mesmo mês.
Em momentos de grande volatilidade, Galle chega a fazer dez ou mais operações no mesmo dia, com papéis de alta liquidez, a exemplo de Globo Cabo. "Como trabalho em casa, posso ter um computador ligado durante todo o dia e acompanhar as cotações on line."
Para controlar seus negócios, Galle utiliza um programa de computador desenvolvido por ele, a partir de informações colhidas na Receita Federal e na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Na sua opinião, não dá para contar com as corretoras -"falta clareza e didatismo por parte delas"- e deve-se tomar bastante cuidado com programas distribuídos pela Internet, por meio de "chats" (salas de bate-papo), pois a maioria não é confiável. "Só com o programa que fiz consegui colocar ordem na casa. Antes era difícil gerenciar os negócios e calcular o imposto."

Preço médio
Conforme a instrução normativa 123/99 da Receita Federal, em caso de sucessivas operações realizadas no mercado à vista com o mesmo ativo, o ganho líquido será constituído pela diferença positiva entre o seu valor de alienação e o preço médio ponderado de aquisição. Um corretor, que prefere não se identificar, diz que alguns investidores utilizam como base o preço mais alto de compra em vez do médio, para pagar menos imposto. Isso é errado e pode gerar problemas com a Receita Federal.
O custo com corretagem também pode ser deduzido do ganho líquido. Há investidores "mais espertos", que deduzem a corretagem, mesmo quando são isentos pela corretora dessa taxa. Segundo um operador, essa malandragem é possível de ser feita porque a Receita não controla as informações internas das corretoras, só as das Bolsas.


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