São Paulo, Segunda-feira, 10 de Julho de 2000
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DÚVIDAS

FINANCIAMENTO
Aplicação rende mais do que os juros que incidem sobre a dívida

"O saldo devedor do meu financiamento imobiliário é R$ 28 mil. Já paguei cinco parcelas, de um total de 37, no valor de R$ 1.060 cada. Disponho de R$ 8.000 aplicados em fundos de renda fixa e posso economizar R$ 1.500 por mês. Permanecendo no fundo de renda fixa, quando poderei quitar a dívida? Ou seria melhor pagar duas parcelas mensais em vez de aplicar o dinheiro? A taxa de juro do financiamento é 6% ao ano, mais a variação da TR (Taxa Referencial)." (Daniel Luis Gomes, de Curitiba - PR)

Resposta: "Essa é uma situação atípica em termos de financiamento imobiliário. Assumindo as informações do leitor, o saldo de seu financiamento evolui a uma taxa inferior às taxas obtidas em investimentos em renda fixa.
As aplicações num fundo de renda fixa projetam rendimento de 11,7% ao ano, líquido de Imposto de Renda e taxas, nos próximos 12 meses.
A projeção para TR+6% ao ano, nos próximos 12 meses, resulta em uma correção de aproximadamente 8,9% ao ano, no financiamento imobiliário. Para os próximos anos, a diferença de condições entre as taxas pagas nas aplicações financeiras e a correção do financiamento deve continuar favorável às aplicações.
Portanto, assumindo as taxas acima, a melhor alternativa para o leitor -do ponto de vista financeiro- é manter o financiamento até o final, pois suas aplicações rendem mais do que o crescimento de sua dívida.
Essa opção implica não resgatar as aplicações atuais e investir o recurso que sobra mensalmente. Por outro lado, se Daniel quiser antecipar a quitação da dívida com os recursos investidos, ele conseguirá fazê-lo dentro de oito meses.
Nesse caso, considerou-se o pagamento de mais oito parcelas de R$ 1.060, manutenção da aplicação atual de R$ 8.000 e investimento do recurso que sobra todos os meses, no valor de R$ 1.500.
Resumindo: a) do ponto de vista financeiro, a melhor alternativa é não mexer no financiamento; b) se o investidor preferir, pode manter os recursos investidos e quitar a dívida em aproximadamente oito meses. (Gilberto Poso, diretor da Lloyds TSB Asset Management).

REALOCAÇÃO
Vale diversificar para ganhar ainda mais

"Tenho R$ 37,2 mil aplicados no fundo Itaú RF, R$ 5 mil no DI Itaú e R$ 10,9 mil no Itaú Prêmio RF 90. Mantenho essa posição? Meu apetite para risco é moderado e meu objetivo é poupar para uma aposentadoria tranquila. Tenho 40 anos e, eventualmente, preciso de R$ 1.000 para despesas extra." (Cássia L. T. Dias)
Resposta: A posição atual da leitora tem produtos com boa rentabilidade e baixo risco. De janeiro de 99 a junho de 2000, a rentabilidade de seu portfólio foi de 29,14%, enquanto a caderneta de poupança rendeu, no mesmo período, 17,14%.
Porém, como o investimento é de longo prazo, ela pode aplicar parte dos recursos no Itaú Super DI e no Itaú Derivativos Moderado.
A diversificação seria: manter R$ 5.072 no Itaú DI, aplicar R$ 34.929 no Itaú Super DI e aplicar R$ 13.304 no Itaú Derivativos Moderado. Assim, o rendimento do portfólio entre janeiro de 99 e maio de 2000 teria sido 32,19%. A CPMF (0,30% sobre os recursos migrados) seria compensada pelo aumento da rentabilidade no longo prazo. (Banco Itaú)

RISCO BAIXO
Bradesco FAQ 60 atende a conservadores

"Tenho R$ 80 mil aplicados no Bradesco FAQ 60. Sou conservador e não preciso do dinheiro agora. Mas gostaria de saber se existe outra aplicação mais rentável no momento." (André Luís Fava)
Resposta: O Bradesco FAQ 60 apresentou, no ano, rentabilidade de 7,62%, enquanto o IGP-M do mesmo período foi de 3,04%. O retorno real foi de 4,44%. No mesmo período, a TR variou 1,28%. A aplicação é uma das melhores opções de investimento para clientes conservadores. A migração para outro fundo custaria a CPMF (de 0,30%) e a liquidez diária da carteira. (Banco Bradesco)

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