da Reportagem Local

O primeiro clube-empresa do país também quer ser o primeiro a ter suas ações negociadas na maior Bolsa brasileira -a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O projeto é do Malutrom, equipe da Primeira Divisão do Campeonato Paranaense.
Fundado em 97 já sob os moldes da Lei Pelé, o clube vai utilizar o lançamento das ações para captar dinheiro para investir na formação de jogadores e na manutenção de um time competitivo.
"A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) já nos deu autorização para lançar ações na Bovespa e para emitir títulos de debêntures", diz Joel Malucelli, presidente de honra do Malutrom, que terminou o campeonato de 99 em terceiro lugar.
A previsão do clube é que o lançamento das ações seja feito em março -a emissão pode chegar a R$ 19 milhões em ações. Segundo a Bovespa, nenhum registro foi feito até agora. Mas a instituição diz que as empresas que abrem capital costumam procurar a Bolsa apenas com um ou dois meses de antecedência.
"Na verdade, estamos preparados para lançar agora, mas só o faremos quando o clube voltar a participar de um campeonato oficial", diz Malucelli. "Mas isso só acontecerá no começo do ano que vem, no Campeonato Paranaense", diz Malucelli. No segundo semestre de 2000, o time deverá participar pela primeira vez da Série C do Campeonato Brasileiro, em que joga atualmente o Fluminense.
Além da ação em Bolsa, outro produto que o Malutrom oferecerá ao mercado financeiro é o título de debênture. "O investidor compra o papel e recebe juros predefinidos no final do contrato", explica Malucelli.
O único produto voltado para investidores já em operação é o fundo de aplicação em jogadores. O investidor, depois do prazo de carência, sacaria de volta o título com a valorização proveniente da venda de passes de jogadores. Só que as cem cotas de R$ 3.200 já foram negociadas. (RF)


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